O escritório MVRDV venceu concurso internacional para o novo centro urbano promovido pelo Consórcio Daewoo e o município de Gwanggyo, localizado a 35km ao sul de Seoul, na Coréia do Sul. O projeto consiste de uma série de edifícios em forma de montanha com alta diversidade programática. A proposta geral prioriza a alta densidade urbana e o desenvolvimento urbano do entorno.
O planejamento urbano da Coréia do Sul tem sido marcado por núcleos locais de alta densidade e concentração de programas diversos. Esses núcleos são uma combinação de espaços públicos, comércio, cultura, habitação, escritórios e lazer, conferindo vida às áreas metropolitanas e estimulando o desenvolvimento no entorno. O projeto Gwanggyo Power Centre (denominação do projeto de desenvolvimento urbano local) prevê um total de 200.000m2 de habitação, 48.000m2 de escritórios e 200.000m2 de atividades diversas, incluindo cultura, comércio, lazer e educação. São previstos ainda 200.000m2 de estacionamento.
Todos os elementos do programa, inseridos nas torres em forma de montanha, são circundados por terraços que permitem visualizações e atividades externas. O paisagismo nesses terraços inclui sistemas de circulação que permitem manutenção, irrigação e armazenamento de água. A cobertura dos edifícios e os terraços foram concebidos a dar uma idéia de um grande parque. Esse “parque vertical”, segundo os autores do projeto, permite a melhora do clima e da ventilação natural, reduz o consumo de energia e o uso de água. O resultado é uma paisagem marcada por “montanhas verdes”.
A área de implantação do projeto é circundada por um lago e montanhas verdes. O projeto procurou se integrar à paisagem e aumentar a qualidade ambiental do conjunto em relação ao entorno, criando a imagem de um grande parque.
O deslocamento dos pavimentos cria um vazio central, que dá origem a grandes átrios. Eles servem como saguões de entrada para as unidades de habitação, escritórios e praças de convivência dos centros comerciais, museus e para as atividades de lazer. Em cada torre os vazios ao longo dos pavimentos se conectam ao átrio, permitindo a entrada de luz natural e ventilação, criando espaços semi-públicos. Nos pavimentos inferiores, os átrios são conectados com diversos espaços públicos, em diversos níveis, permitindo a conexão entre as torres e criando ambientes para as atividades externas de cultura, comércio e lazer. Trata-se, enfim – segundo os autores – de um projeto de alta densidade urbana, com preocupações ambientais.
Estima-se que o complexo urbano vai funcionar como uma cidade “auto-suficiente”, com cerca de 77.000 habitantes. A consultoria de engenharia e estruturas é do escritório ARUP.
Images: MVRDV
Informações publicadas originalmente em bustler.net.