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12.JAN.2009
PUBLICADO O EDITAL DO CONCURSO PÚBLICO INTERNACIONAL DE ARQUITETURA PARA A SEDE DO MUSEU EXPLORATÓRIO DE CIÊNCIAS – UNICAMP – SP.
Inscrições: de 12.jan.2009 a 06.mar.2009
Entrega dos trabalhos (fase 1):27.mar.2009 (*)
(*) Observação sobre a entrega (transcrição do Edital):
“Os trabalhos deverão ser entregues na Diretoria Geral de Administração da Universidade/DGA – Área de Suprimentos, até as 17:00 horas do dia 27 de Março de 2009, independentemente de serem entregues pessoalmente ou através de Correio ou empresa transportadora”.
A partir de 12 de janeiro estão abertas as inscrições para o Concurso público internacional de arquitetura para a sede do Museu Exploratório de Ciências. O encerramento ocorre no dia 6 de março.
Podem participar profissionais arquitetos diplomados e legalmente habilitados em seus respectivos países.
O concurso será realizado em duas fases. A primeira fase selecionará 5 trabalhos, que deverão ser defendidos, em uma audiência pública, no dia 11 de maio de 2009, quando ocorre a última fase.
Clique aqui para acessar a página oficial do concurso.
Acompanhe abaixo os comentários publicados pelos leitores do portal concursosdeprojeto.org.
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08.JAN.2009
Segue abaixo transcrição da matéria publicada pela UNICAMP, em 08.janeiro.2009:
O Museu Exploratório de Ciências da Unicamp está a um passo de ter a sua sede na Universidade. Lança na segunda-feira, dia 12, um edital, no Diário Oficial do Estado, para concurso público de arquitetos interessados em apresentar projetos de construção deste Museu. Um detalhe: o edital é internacional e possivelmente o primeiro no país com a participação de arquitetos com tal abrangência. O requisito único é ser arquiteto registrado em seu país de origem. O custo estimado do projeto é de R$ 10 milhões, que poderá ser captado dos setores públicos e privados. O objetivo é a construção de um prédio de 5.200 metros quadrados numa área total de 28.000 metros. O espaço deve abrigar exposições temporárias, auditório, observatório astronômico, áreas administrativa, técnica e de convivência, entre outras iniciativas. Os recursos destinados ao concurso advêm de verba orçamentária da Universidade, prevista no Planejamento Estratégico (Planes).
As inscrições serão abertas no período de 12 de janeiro a 6 de março e serão feitas mediante ficha disponível no site do Museu, por via postal (Concurso Público Internacional – Museu – Unicamp, Caixa Postal 6018, Área de Suprimentos – Diretoria Geral da Administração – DGA, CEP: 13083-970, Campinas-SP) ou diretamente na DGA (Praça das Bandeiras, 45, prédio 1).
O concurso terá duas fases sendo que, ao final da primeira, os candidatos terão que entregar seus trabalhos (quatro pranchas) até as 17 horas do dia 27 de março. Serão selecionados cinco projetos para a próxima fase. Estes cinco já receberão na primeira etapa um prêmio de R$ 5 mil. Na segunda, os projetos passarão por amplo detalhamento em cinco pranchas. Bancas examinadoras, nas duas fases, avaliarão o mérito dos trabalhos.
No dia 11 de maio acontece, no Centro de Convenções da Unicamp, a defesa pública dos trabalhos escolhidos, com arguição dos selecionados por um júri internacional, que será composto por profissionais de renome da área. Todos os finalistas receberão prêmios também na segunda fase. Caberá ao primeiro colocado a importância de R$ 8 mil, ao segundo de R$ 4 mil e ao terceiro R$ 2 mil. O quarto e o quinto colocado receberão menção honrosa. E o vencedor terá a chance de fazer o seu projeto executivo.
A primeira banca terá a participação de Paulo Bruna, Hector Vigliecca, Marcelo Firer, Maria Stella Martins Bresciani, Edgar De Decca, Julia Taguena, Leandro Medrano, Francisco Borges Filho, Na segunda, o júri contará com Jorge Wagensberg, Jorge Mansilla, Paulo Bruna, Hector Vigliecca, Marcelo Firer, Silvia Arango, Edgar De Decca, Leandro Medrano, Maria Cristina da Silva Leme.
De acordo com o diretor do Museu e professor do Instituto de Matemática e Computação Científica (Imecc), Marcelo Firer, além de construir a sede do Museu, o objetivo da obra é trazer para Campinas um espaço cultural à sua altura. “O único museu de ciências da cidade está na nossa Universidade”, lembra Firer, que já visitou museus modelares de vários países. O projeto do Museu da Unicamp já vem sendo idealizado há um bom tempo, e um marco para que a ideia tomasse corpo foi a realização de um workshop no ano passado, frequentado por membros da diretoria do Museu e alguns convidados. Desse encontro, resultou a espinha dorsal do concurso, que prescinde numa descrição pormenorizada das necessidades do novo Museu, incluindo o uso de cada espaço. Firer comenta que são esperadas propostas de excelência e que os projetos sejam conduzidos em escalas de valores que permitam a construção efetiva da obra, isso porque, opina ele, tem sido recorrente, em concursos, projetos de elevada qualidade, mas não exequíveis.
Segundo o professor Leandro Medrano, da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC), em vários países a tendência é optar pelos concursos internacionais de arquitetura, como nos Estados Unidos, Europa, México, Chile, Argentina e China. Neste particular, reflete Medrano, o Brasil é um dos poucos países que não adotam esse sistema de rotina. Para ele, os concursos internacionais podem trazer um impacto cultural muito maior ao país.
Para a seleção dos trabalhos, será considerado o contexto da arquitetura brasileira, e suas peculiaridades. Medrano adianta que os interessados terão que se aprofundar em suas pesquisas pessoais, sem deixar de observar o conteúdo do programa proposto pelo Museu, o valor dos recursos e que o candidato traga algo representativo em termos de arquitetura no país, como a técnica e a maneira de fazer. “Esperamos trabalhos originais e inovadores. Além do mais, que a tecnologia construtiva leve em conta questões ambientais como a otimização de gasto de energia, por exemplo. O mundo inteiro pensa nisso, incentivando obras que amenizam os impactos à natureza. Por isso, no Brasil queremos fomentar uma reflexão oportuna sobre os caminhos da arquitetura”, afirma o professor, que participou da elaboração do edital do concurso desde o seu início. A ideia é publicar um livro com os trabalhos vencedores, que será um instrumento de análise para estudiosos e para os apaixonados pela arquitetura.
O Museu Exploratório de Ciências, órgão ligado ao Gabinete do Reitor, foi criado em maio de 2005, tendo como alvo o público escolar e com acervo baseado na construção de experimentos para expor conceitos que permitam ao visitante participar ativamente dos experimentos. Atua hoje com dois programas que atingiram em 2008 mais de 18 mil pessoas da comunidade: a Nanoaventura (programa com uma hora e meia de duração que utiliza diversas mídias para passar conceitos básicos de ciências em escala nanométrica e suas aplicações tecnológicas) e a Oficina Desafio (oficina que visita as escolas para desafiá-las a projetar e a construir um artefato para auxiliar na solução de problemas).
Estão previstos para este ano no Museu da Unicamp eventos como a inauguração de sua sede administrativa, a Praça Tempo Espaço, a Exposição de Meteorologia e Fenômenos Globais e a primeira edição da Olimpíada de História do Brasil. Concluída a obra, Firer conta que o próximo passo será captar os recursos para a infraestrutura do órgão.
Caros,
Foi criado um grupo de discussão para chegarmos a um consenso quanto à eventuais medidas que tomemos contra a Unicamp.
A associação ao grupo possibilita que todos mantenham contato entre si através do envio de mensagens para um só endereço de e-mail.
A página do grupo:
http://br.groups.yahoo.com/group/arquiteturabrasil/
Abraços.
Disse o nosso Bilac em algum lugar:
“bem lhes havia eu dito”
O que começa errado não tem por onde chegar em diferente fim
Convido os colegas a acompanharem o debate e publicarem seus comentários relativos ao concurso da Unicamp no “post” “Irregularidades no Concurso Internacional da UNICAMP (clique aqui)“.
Fabiano Sobreira
editor – concursosdeprojeto.org
Prezados colegas,
É importante lembrar que o concurso de projeto é um procedimento licitatório previsto em lei, portanto deve se submeter às regras da legislação pertinente, particularmente a Lei 8.666/93 (Lei de Licitações). Na minha interpretação, as alterações, da forma como foram anunciadas pela Coordenação do Concurso,ferem no mínimo um dos princípios básicos da referida Lei, que é o princípio constitucional da “isonomia” (Art.3°, Lei 8666/93). Os concorrentes que já enviaram seus trabalhos não estarão em igualdade de condições em relação àqueles que porventura se beneficiem das alterações do edital e do adiamento de inscrições e entregas. Cabe, no mínimo, indenização, podendo até se justificar a impugnação do processo. Sugiro, portanto, que os arquitetos interessados e que se consideram prejudicados acionem os respectivos IABs locais, para uma consulta jurídica formal sobre o assunto e eventual ação coletiva. É preciso tratar da questão com a seriedade que ela merece, utilizando-se dos caminhos formais e institucionais que estão à disposição da categoria. Afinal, essa é uma das funções das associações profissionais.
GOSTARIA DE CONVOCAR A TODOS OS COLEGAS QUE SE SENTIRAM PREJUDICADOS COM AS IRREGULARIDADES DO CONCURSO DA UNICAMP A ENTRAREM EM CONTATO ATRAVÉS DO E-MAIL antoniocoltro@yahoo.com.
TAMBÉM SERÃO BENVINDOS OS QUE, MESMO NÃO PARTICIPANDO DO CONCURSO, CONCORDAM QUE ESTÁ NA HORA DE MUDARMOS A FORMA COMO A CLASSE É TRATADA.
A UNICAMP ESTÁ NOS DANDO UMA ÓTIMA OPORTUNIDADE DE FAZERMOS ALGO.
ABRAÇOS,
ANTÔNIO CARLOS COLTRO.
Caros Colegas
Não há outra atitude a tomar senão as medidas legais. Não se trata de uma “brincadeira”, e sim de um edital que deveria em principio ser elaborado de forma correta. Proponho que façamos alguma representação junto a comissão.
Olá colagas arquitetos!
O que posso acrescentar aqui é que concordo 200% com tudo que foi dito por vcs… E se eu já me sentia prejudicada pelo edital, com o fato de não saber da angulação da praça, da area total do terreno… agora só resta chorar! Quer dizer que temos outra chance de enviar o projeto? Que ótimo! Isso significa que os concorrentes que têm mais tempo disponivel, mais dinheiro pra plotagem e pra envio do projeto tem mais chances que todos os que nao poderao fazer isso…Será que a gente pode desistir do concurso, pegar nosso dinheiro de volta….enfim ja que eles resolveram voltar do zero…eu tb queria!!!
Mas eu gostaria de ser remunerada pelo tempo de trabalho…pelo preço da inscriçao, pela plotagem, pelo envio…emfim, se alguem estiver disposto em procurar alguma medida legal (se é que existe) entre em contato comigo!!!
adrianamauad29@gmail.com
NOSSA, INACREDITAVEL!!!!
JA PARTICIPEI DE CONCURSOS QUE FORAM ADIADOS, SEM PROBLEMAS…. MAS ABRIR INSCRICAO DE NOVO ?????
QUE LOUCURA! ISSO DESEQUILIBRA O CERTAME E DESCREDIBILIZA DE UMA FORMA QUE EU NUNCA TINHA VISTO.
ENTREGAMOS HOJE, SATISFEITOS, GASTAMOS MAIS DO QUE O PREMIO COM O PROJETO, FORA O TEMPO, AS PESSOAS E A ENERGIA DESPERDIÇADA.
QUE LOUCURA, BROCHANTE, TO SEM PALAVRAS.
Olá colegas arquitetos!
Sou arquiteto recem formado e neste ano decidi participar de alguns concursos com dois amigos meus de diferentes universidades… nós três aqui de são paulo mesmo… Por curiosidade, resolvemos encarar este “concurso”… Mesmo tendo lido as criticas acima e concordado 100% com elas, fizemos o projeto e entregamos hoje apenas para ver o que poderia dar.
Pois bem, aquilo que era curiosidade, transformou-se numa imensa infelicidade!!! Tamanha falta de respeito e falta de organização que a UNICAMP teve durante todo o tempo com todos os participantes. Tamanha falta de respeito que se explicitou hoje, ás 14h00… Definitivamente nós 3 ficamos indiguinados com a postura do senhor Diretor Marcelo Firer e de todos os demais que (des)organizaram este “concurso internacional”.
Vexatório… Não sei!? Definitivamente não sei qual palavra mais adequada para exprimir meu mais profundo sentimento de desgosto em relação a este “concurso”, que na realidade, nada tem de concurso e tão pouco de internacional!
grato pela atenção
Franklin Ferreira
f_ferreira@ymail.com
ps.: gostaria de deixar uma pergunta:
O que fazer numa situação como esta?
Poderíamos unir o máximo de equipes insatisfeitas e tomar as medidas legais (se houver alguma) contra a organização do Concurso
Ao Sr. Marcelo Firer e todos os envolvidos na organização do Concurso em questão,
É com imensa decepção que escrevo para responder ao comunicado abaixo enviado pela reitoria da Unicamp.
Por mais inacreditável e fantasioso que pareça, exatamente no dia estipulado para a entrega dos trabalhos concorrentes ao concurso para o Museu Exploratório da Unicamp (27 de março de 2009) e contados 75 (SETENTA E CINCO) dias corridos – ou 2 meses e meio – desde a data de abertura do período de inscrições, a Entidade Promotora e Organizadora(!) enviou aos representantes das equipes concorrentes um comunicado através do qual a mesma rasga o Edital Original do Concurso e reabre todo o processo:
“Estimados arquitetos,
Já encerrado o prazo de inscrições para o Concurso Internacional de Projeto de Arquitetura para o Museu Exploratório de Ciências – Unicamp, devido a uma deficiência técnica do edital, atendendo a exigências da legislação brasileira, a Universidade Estadual de Campinas deverá republicar o edital, reabrindo os prazos de inscrição e apresentação de projetos do presente concurso.
Enfatizamos que todos os 170 inscritos e todos os projetos recebidos continuam válidos. Estes serão preservados até a apreciação da banca e não há necessidade de os participantes inscritos enviarem novos projetos, embora esta possibilidade lhes seja facultada.
Nos próximos dias todos os inscritos receberão uma cópia do novo edital, incluindo o novo calendário do concurso.
Agradecemos seu interesse e sua participação no concurso e lamentamos os inconvenientes que possam ter sido causados por este imprevisto.
Atenciosamente,
Marcelo Firer
Diretor
Museu Exploratório de Ciências – Unicamp”
Tal fato já seria inaceitável se ocorresse faltando uma semana para a entrega das propostas; ocorrendo no dia estabelecido para as entregas o mesmo tornou-se ABSURDO e ULTRAJANTE.
A decisão mostra total desrespeito e desconsideração por parte da Unicamp para com os concorrentes. A organizadora ignorou todo o trabalho, energia, tempo e investimento despendidos com a confecção das propostas, do material impresso e com a entrega dos mesmos. Provavelmente, também não foi considerada a repercussão que tal decisão causará junto aos concorrentes internacionais.
Seria muito mais sensato e justo com todos os concorrentes se, na segunda fase do Concurso (tendo em vista que haverá uma segunda fase), fossem estabelecidos novos parâmetros (ou seja lá o que for) para os cinco finalistas. Evitaria constrangimentos desnecessários, não seria desrespeitoso com os participantes, e seria um episódio a menos em que o Brasil faria papelão frente aos demais países estrangeiros. Para isso, seria necessário um mínimo de sensibilidade, coisa que a Unicamp demonstrou desconhecer.
Ficam aos Organizadores do Concurso as dúvidas:
1) A Unicamp ressarcirá os gastos dos concorrentes que já entregaram suas propostas caso estes optem por melhorá-las ou revisá-las? Quem assumirá os gastos anteriores com consultorias, maquetes eletrônicas, plotagens, laminação e envio de pranchas?
2) Quais serão os critérios quando forem avaliados um trabalho entregue na data originalmente estipulada e outro na nova data?
3) Qual será a impressão deixada nos concorrentes internacionais?
4) O que justifica a reabertura das inscrições? Quem foi que ficou de fora e que deveria estar participando para que tal decisão fosse tomada?
5) Até quando os concursos de arquitetura brasileiros serão organizados por pessoas e entidades despreparadas e sem sensibilidade?
Infelizmente, faltam-me palavras para descrever a sensação de impotência, decepção e desgosto que sinto após redigir este texto.
que “put…” é essa de prorrogação de incrições e prazo extendido para entrega. Qual será a nova surpresa, se esta já não derrubou definitivamente boa parte dos participantes. E as decisões já tomadas? e as que poderiam ter ficado melhores?E os custos? entre outras coisas……a falta de organização já era ridícula e inaceitável, porém sempre acreditamos em algumas coisas e aí…..agora…..façamos o seguinte, arquitetos, vamos pedir todos os trabalhos de volta e encerrar com o concurso, afinal de contas é nosso trabalho e sem nosso trabalho não existe concurso.
tom yorke
Realmente algumas das respostas apresentadas no site são evasivas. Vocês acham que houve muitas inscrições, inclusive de estrangeiros? Já acompanhei outros concursos onde houve em torno de 200 inscrições, mas apenas 80 equipes entregaram os trabalhos.
Olá Bruno.
Como eu não pude participar até o fim do concurso por motivos pessoais. Acabei ficando na torcida por voces. Sou Nordestina e para nós aceitar desistir… não dá o sabor de viver. Ainda mais profissionais tão jovens como voce e Rafael, com trabalhos de qualidade reconhecida.
Bom.
Nos vemos no proximo.
Boa sorte e um abraço.
Ana Aguiar
Foi resolvido Ana? Ou eles se esquivaram dando a resposta mais óbvia para ter menos problemas depois que viram a bobagem que fizeram?
Ou você acha que uma equipe que vinha trabalhando há 50 dias depois de tomar uma ducha de água fria dessas, suspender os trabalhos e ver uma resposta muito mal dada e vaga como esta terá fôlego e ânimo para voltar a investir tempo e dinheiro num projeto onde já foi dito que se espera a tal abertura que seu projeto não contempla?
Me custa crer que tamanho amadorismo seja “apenas amadorismo” por parte da organização deste concurso, infelizmente.
O que fizeram foi uma imensa falta de respeito com quem, mesmo esbarrando na total desorganização apresentada, resolveu investir seu trabalho confiando no nome da Unicamp…
Abraço,
Bruno Berg
Bom dia Rafael Borges.
A angulação da praça foi resolvida.
Veja no site do museu.
Abraço.
Ana
Rafael
EM primeiro lugar me desculpo aqui, a todos, por termos nos exaltado um pouco, mas toda a frustraç˜åo que vc sente nós sentimos desde o começo.
Só que essa da praça ontem foi um balde de água fria no nosso projeto.
Nós fechamos um partido há tempos e passamos o carnaval consertando, já que exigia-se a preservação dessa praça. Obviamente colocamos o museu, de certa forma, distante dela sem que o sol sombreasse sua supefície. Isso era óbvio.
Mas essa resposta do concurso sobre os 120 graus simplesmente encerrou nossa proposta a zero. Voltamos ao pó, ao papel em branco.
O que é estranho é que com 120 graus praticamente não sobra nada de terreno e sim uma nesga a leste, estou errado?
ENtão de duas uma, ou o cara faz uma nesga a este ou um museu enterrado, ou melhor, abaixo da cota da praça… Até aí tudo bem.
Participamos do concursoo do museu da tolerancia, que limitava bastante as condições e o terreno, mas que no final surgiram inúmeras propostas interessantes e diferentes.
Só que no caso do concurso agora, do Museu de Ciências na Unicamp, essa informação foi repassada mais de 2 meses depois do lançamento do edital, invalidando praticamente qualquer proposta.
Estamos juntos para o que precisar no sentido de entrar com algum recurso ou esclarecimento.
Eu ainda não escrevi nada de consulta em relação a isso pois ficamos tão surpresos que achávamos que logo sairia uma errata. Mas os dias estão passando e nós paramos o projeto muito chateados com essa história.
A desorganização do concurso, a demora, a irresponsabilidade do edital nos faz achar: ou que o concurso já está ganho, ou que foi feito por pessoas extremamente inexperientes. Por isso digo que de internacional não tem nada.
Imagine! Começou errado quando o terreno era de 13 mil e de repente virou 28 mil… Nós chegamos a desenvolver a primeira idéia nos 13 mil e quando descobrimos que eram 28 mil ficamos pasmos.
No que será que isso vai dar???
Mande um email que conversamos melhor.
marcellolindgren@hotmail.com
Prezados,
Estamos participando do concurso para o “Museu exploratório de ciências”. Ainda que alertados sobre a falta de organização desta concorrência, resolvemos nos inscrever por acreditar seriedade e credibilidade da instituição “Unicamp”, tida como uma das melhores universidades do país.
Passadas mais de duas semanas após o pagamento da inscrição, recebemos um CD que, para a nossa surpresa, contém os mesmos documentos já disponibilizados no site e uma série de arquivos “dwg” contraditórios e desconexos entre si. Como as consultas só poderiam ser feitas via postal ou através de um número de fax que ninguém atende (lembrem-se, trata-se de um concurso internacional!), resolvemos iniciar o projeto com as informações que tínhamos em mãos.
Eis que no final de fevereiro, passados quase dois meses após o lançamento do concurso, a organização resolve publicar as “consultas” das participantes no site do museu. Uma decisão bastante coerente, uma vez que este procedimento (padrão nos concursos organizados pelo IAB) diminui o envio de perguntas repetidas e assegura às equipes o mesmo acesso à informação. Em minha experiência em concursos de arquitetura, tenho observado que a seção de “perguntas e respostas” é um importante canal para esclarecer dúvidas dos participantes. No entanto, os principais condicionantes a serem seguidos no projeto devem ser estabelecidos com muita clareza nos documentos disponibilizados no início do concurso. Logo, não é objetivo das “consultas” a correção de omissões do edital de forma irresponsável, colocando a perder todo o trabalho de algumas equipes. É o caso desta pergunta que foi publicada ontem:
“Pergunta 46 – Para que serve exatamente a praça existente? Deve ser aberta em 360? Deve ser acessível para todos (espaço público) ou somente para visitantes? Acessível para visitantes ou exposições temporárias?
Resposta: Na praça circular, o Museu irá abrigar uma exposição ao ar livre permanente (tempo & Espaço). Deve ser aberta em pelo menos 120º na direção do pôr-do-sol (oeste).”
Os colegas que estão participando do concurso podem observar que esta resposta, tal qual está redigida, limita a altura do edifício na porção oeste do terreno (que possui cerca de 15.000m²) ao nível do piso de uma “praça” existente. Uma restrição desta natureza não deveria ser estabelecida desde o início? Deveríamos ter uma “surpresa” desta após um mês trabalho? Depois de constatar que nossa proposta está em desconformidade com esta nova “regra”, sentimos que só nos resta tomar as providências legais cabíveis, pois acreditamos que uma falta de respeito como esta não pode continuar acontecendo contra nossa classe, sobretudo num instrumento como um concurso público. Desta forma, perguntamos aos colegas arquitetos o que pensam desta situação e se conhecem algum meio legal de fazer com que os responsáveis por este concurso, pelo menos, devolvam o dinheiro da nossa inscrição.
Obrigado
PARABENS DANILO MATOSO
EXCELENTE COMENTARIO, AGORA SIM, CONCORDO PLENAMENTE
A outra coisa que me deixou p da vida com esse concurso foi o termo de referencia, que nao esclarece uma serie de questoes… E o pior, nao tem um arquiteto consultor, nem um canal on line de perguntas e respostas.
O terreno nao ficou claro se eh de 28 ou 13 mil m2….. Os acessos nao ficou claro… e o pior de tudo….. pelo que entendi teremos que preservar um terrapleno em circulo, existente no terreno, na sua melhor porção, oque impossibilita qq liberdade na proposta.
Teremos que preservar tb 2 edificações, por sinal muito feias, dois cocozinhos soltos no terreno. Não faz o mínimo sentido.
Bom, pra finalizar, minha equipe fez a inscrição, mas estamos no limite, praticamente abandonando, pois as condições são cada vez piores.
Aqui me despeço, abraço.
Prezados,
Como “sobrou” pra mim aí, gostaria de explicar que meu comentário sobre “o acontecimento mais relevante na arquitetura nacional” se deveu a dois motivos:
1. a ambiguidade da redação da nota de imprensa dava a entender que se trataria de um projeto remunerado com a quantia de dez milhões de reais: “O custo estimado do projeto é de R$ 10 milhões”. Confesso que havia achado estranho para um prédio tão pequeno um valor tão elevado. Mas achei que fosse um atrativo para os escritórios internacionais. O lançamento do edital mostrou que eu estava enganado: dez milhões é o valor da obra.
2. Um concurso internacional – o primeiro desde que comecei a participar de concursos profissionais em 1995 – remunerado com dez milhões seria de fato relevante. Teríamos aqui todos os grandes escritórios do mundo concorrendo.
Infelizmente, a realidade não foi essa. E confesso que acabei compartilhando a decepção de alguns dos colegas aqui. É um edifício muito pequeno para um Concurso Nacional. Fazer um concurso internacional para um edifício cinco mil metros quadrados de fato soa despropositado. Acresce que o custo estimado mal daria para executar a obra de um edifício comercial convencional (em torno de 2500 reais o metro quadrado). Evidentemente o custo de execução do museu será bem mais elevado – pelo menos o dobro. O Ferolla tem uma teoria de que eles colocam o preço estimado embaixo assim para baixar o valor dos honorários. Acho que ele falou sobre isso num comentário ao concurso do CREA-PR nesse site. O baixo valor do prêmio parece apontar para uma contratação de baixo custo, de fato.
A pretensão de realizar um concurso internacional para um edifício dessa escala, por outro lado, parece revelar uma certa desarticulação conceitual da comissão organizadora. Algo como um provincianismo às avessas – como um outro colega por aqui que mencionou o Festival Internacional de Música de uma pequena cidade no norte (a que nunca compareceu estrangeiro algum).
Além disso, como o Ferolla e eu apontamos acima, há um membro dessa comissão julgadora que sempre premia em concursos nacionais seus associados de trabalho. Já estou calejado com a prática “amiga” desse sujeito, e acho difícil que ele mude.
Em que pese todo esse lado negativo, acho que toda iniciativa de realização de concursos públicos de arquitetura é louvável. O concurso reafirma a autonomia do campo arquitetônico frente às pressões dos “amigos do poder” e do hábito triste da contratação de escritórios por “notória especialização”, sem qualquer tipo de concorrência ou disputa mais republicana.
A idéia de que as pessoas “trabalham de graça” ao participar de concursos é míope, restrita e recorrente nesse tipo de debate. A resposta para ela é que o concurso é uma reafirmação cultural e simbólica dos arquitetos e do campo da arquitetura. É um de uma disputa de mérito que pressupõe que os arquitetos e seu métier possuem condições de escolher a melhor proposta para a cidade e para o cliente. Reforça e valoriza a arquitetura como campo profissional, portanto. A questão dos honorários – embora seja sim importante – acaba ficando em segundo plano aos olhos da população. E com mais concursos e mais transparência, certamente conseguiremos ter maiores honorários envolvidos em nossos certames.
É claro que aí argumentarão que o resultado de nossos concursos tem sido pífio, e que nosso campo não possui condições de avaliar seus pares. E já apontei isso no debate sobre a Companhia de Dança São Paulo, ao mencionar o exemplo triste do projeto incompetente de Daniel Libeskind para o WTC. Mas não é isso o que invalida o sistema. Devemos, isso sim, nos esforçar para tentar tornar o sistema de concursos cada vez mais honesto e desenvolvido em nosso país, de modo a melhorar a qualidade dos resultados alcançados. Deixar a idéia de concurso de lado sob o argumento de que seus resultados têm sido negativos é também estratégia clássica de quem pretende desqualificar o instituto dos concursos como um todo.
Talvez aqui caiba o velho chavão: “prefiro a pior das democracias à melhor das ditaduras”…
É triste o mundo dos blogs….incrível… ingenuidade ou ??
CARO DANILO, discordo em grau, genero, numero, tudo.
Cara, eu participo de concursos ha mais de 12 anos, tendo recebido 12 premios e participado de mais de 40 concursos.
Esse concurso é uma vergonha. Claro que o problema não é só a premiação. Enfoco nisso pois é o reflexo de tudo.
E o pior de tudo, não tem um arquiteto coordenador, nao tem uma canal de consulta, pois as consultas serão enviadas por fax e sabe-se la quando serão respondidas.
Me perdoe a falta de pontuação, estou tendo dificuldades aqui com o MAC.
Acho um tanto quanto inocente o que você disse.
E não concordo ser o acontecimento mais relevante na arquitetura nacional…. Esse comentário pra mim foi o pior.
Mas respeito as opniões e coloco lenha na fogueira.
Grande abraço Danilo
marcellolindgren@hotmail.com
Chego atrasado nos comentários desse blog…, mas confesso que estou impressionado. Concursos dignificam a profissão, quando são bem organizados e as propostas bem avaliadas – o valor do prêmio não garante seu sucesso. Quando o objetivo é um Museu de Ciências para uma das maiores universidade desse país, a Unicamp, o valor social da profissão deveria prevalecer… Concordo que o prêmio poderia ser maior, mas isso é pequeno frente à oportunidade de uma justa contribuição para a arquitetura brasileira.
Parece que alguns “arquitetos” estão acostumados a trabalhar no manejo de outros meios… Previsível.
Concordo com o Danilo Matoso: “É, talvez, o acontecimento mais relevante na arquitetura nacional nos últimos anos”.
Tenho acompanhado sites estrangeiros de arquitetura onde é feito publicidade sobre o concurso de campinas. Em todos eles os comentários são os mesmos: prêmio ridículo que não vale a pena o trabalho que dá… imaginem a quantidade de escritórios estrangeiros que irão mandar projetos para um concurso que paga menos que um concurso regional para estudantes!?!?!?!?
Só mais um comentário, repetitivo mas necessário.
Há 2 meses fiz um estudo de fachada para um galpão de um laboratório. Esse estudo tinha prazo de entrega de 3 dias. Cobrei o “simbólico valor” de 3500 reais, já que o projeto era para alguém conhecido.
Fico pensando nesse terceiro lugar. O cara vai ficar 3 meses trabalhando, com uma equipe, consultores, reuniões, enfim….. Depois que for pras finais vai sonhar em ganhar o concurso, pois está entre os finalistas….. e depois vai receber 2 mil reais.
Imagina os que tirarem quarto e quinto, que receberão menção honrosa. Esses sim, vão chorar por um mês seguido.
Sério, é de dar risada tudo isso, inacreditável!
Eu foquei meu comentário nos 2 mil reais pois ficar em TERCEIRO é tão diícil quanto em primeiro. O trabalho é o mesmo e sabemos que não é nada fácil pegar um terceiro lugar. Esse foi só um dos péssimos exemplos que esse concurso está dando.
Fora isso, concordo com tudo que os colegas disseram acima.
SIMPLESMENTE INACREDITÁVEL!!!!
É uma vergonha esse concurso de campinas!
Prêmio de 2 mil reais pro terceiro colocado?????
Os 5 finalistas deveriam receber o mesmo prêmio na segunda etapa, pois terão o mesmo trabalho. Que incoerência do edital!!! Que despreparo!!!
E ainda não ter o IAB apoiando? Muito estranho. Eu, sinceramente, fico revoltado só de ler o edital. Dois mil reais não paga nem as plotagens!
Esse concurso DE INTERNACIONAL, NÃO TEM NADA!
No entanto, mais uma vez, teremos que ENGOLIR TUDO ISSO.
É uma lástima!!!
Arq. Marcello Lindgren
Qual arquiteto estrangeiro, ou mesmo brasileiro, se sugeitaria a pagar US$ 100,00 (CEM DÓLARES!!) de inscrição, e concorrer a um prêmio de R$ 13.000 (notem REAIS!)??
Bastante cômodo estabelecer o pagamento da inscrição em dólares e o prêmio em real.
Acredito que os gabaritados arquitetos que compõem o juri não eram cientes dessas informações quando aceitaram participar desse concurso e também acho que IAB SP deveria se posicionar contra a realização deste concurso, assim como fez na ocasião do concurso para o Elevado Costa e Silva (Minhocao) organizado pela prefeitura de São Paulo em 2006.
Quanto custa uma proposta pra um Concurso? Talves um mês de idéias e conversas iniciais… Quem sabe duas ou mais semanas de escritório focado 100% nos desenhos, mais uma semana para a maquete digital terceirizada. Se calcularmos custo de envio, impressões, estagiários, desenhos tercerizados, chegamos fácil a valores superiores ao primeiro prêmio.
ao que parece concentraram todos os recursos no júri e faltou para remunerar os selecionados.
é uma pena, pois o tema é interessantíssimo. mais um concurso brasileiro mal montado.
quantos estrangeiros se submeterão aos baixos prêmios e às incertezas do regulamento?
Pois é, Mahfuz…
Nem quis comentar a respeito dos valores, nem dos prazos, muito apertados para as (no mínimo dispensáveis) exigências, com tantos e tão grandes formatos (5 A0!!!), como destaca com toda razão o colega Paes Lira.
O que me espanta é as pessoas ainda acharem graça e fazerem comentários sardônicos,tipo “espera e verás a empresa tal será selecionada”.
Para mim, isso é crime.
Concordo plenamente com as opiniões dos colegas Mahfuz e Ferolla.
Um mar de inexplicáveis equívocos, quando se vê o elevadíssimo gabarito dos colegas promotores e participantes do mega-corpo-de jurados. (para que tanta gente?)
Bastava olhar para concursos abertos, realizados em uma única etapa com a manutenção do sigilo de autoria (como acontece com alguns muito bem sucedidos organizados pela UIA). Nesses casos o que ocorre é um etapa de pré-analise das propostas por uma comissão de especialistas, etc. O júri, absolutamente autônomo, quando se reúne para decidir, geralmente em muito pouco tempo, já recebe um relatório da comissão anterior com pareceres sobre cada proposta concorrente, com tópicos específicos a serem atendidos (programa funcional, legislação, construtibilidade, etc,) . I.E o Fórum de Tóquio, entre outros.
Importante também observar que ao vencedor não se garante a contratação do projeto, existe a prioridade porém pendente que se arrecade fundos para tal. Parece ser um falho recorrente dos últimos concursos no Brasil, paga-se um premio em geral baixo, e exige-se grande detalhamento nas entregas, porém poucos concursos estabelecem honorários de antemão, o que na verdade deveria ser totalmente em favor do cliente o estabelecimento prévio de valores para desenvolvimento de projetos e fiscalização de obra, evitando surpresas. Não se justifica ter premios tão baixos, além de que se está cobrando 100 dolares por inscrição. Como exemplo gostaria de citar um concurso recentemente realizado na Espanha para um Museu da Ciência em Lleida. Este concurso realizado por aqui foi promovido pelo La Caixa, nele estava presente como um dos membros do jurado o diretor do Cosmocaixa que também está presente na segunda fase do Museu Exploratório da Ciencia. No concurso catalão realizado em uma fase exigia-se a entrega de 3 DINA3 (no Museu Exploratório são 5 DIN A0) e premiava-se o ganhador com 18.000€, além de garantir o contrato para projetos (arquitetura e complementares) e direção de obra no valor de 302.000€. Sabemos que os valores em quanto a honorários não são comparáveis entre Espanha e Brasil, porém o importante é destacar a porcentagem entre o premio estabelecido ao vencedor e os honorários, e sobretudo o fato de garantir o contrato ao ganhador, estabelecendo previamente o seu valor.
dei uma primeira olhada no edital do meu de ciências da unicamp e não gostei nada. razões:
1. o iab não está envolvido na organização;
2. não há qualquer menção dos valores de remuneração pelo projeto;
3. prêmios para os selecionados na 1ª fase são baixos: 5.000,00;
4. prêmios para os vencedores são ridículos: 8.000, 4.000 e 2.000.
estou de acordo com ferolla a respeito da comissão julgadora. estou cansado de participar de concursos em que há manipulação em benefício dos “seus”.
A iniciativa de se realizar um concurso internacional é, de fato, louvável – como bem apontou o colega Pedro Lira.
É, talvez, o acontecimento mais relevante na arquitetura nacional nos últimos anos. Isso porque serve de exemplo para os demais órgãos públicos que vêm contratando arquitetos nacionais e internacionais sob a justificativa pouco republicana do “notório saber”, conforme se vê em outros debates deste mesmo site.
Em todo caso, temo seriamente que a lisura do certame fique, de fato, prejudicada pelo que o colega Ferolla ponderou. A comunidade de arquitetos que costuma participar de concursos nacionais já sabe sobre qual colega da Comissão Julgadora recaem as dúvidas levantadas. Basta verificar os concursos de que ele participou como jurado e a lista de premiados.
É triste e desalentador. Esperamos que este erro não desanime os colegas mais competentes – calejados que já estão – de participar do concurso… Vejamos!
há nesta comisão julgadora quem costuma considerar as amizades pessoais acima da qualidade das propostas apresentadas.
Valerá a pena arriscar mais uma vez?
Parabéns pela iniciativa, e por abrir a discussão a nível internacional, ótima idéia. Entretanto gostaria de alertar a uma aparente incoerência entre o detalhamento aparentemente exigido e os prêmios propostos.
Como exemplo gostaria de citar os concursos realizados pelo Colégio de Arquitetos da Catalunha (COAC) na Espanha nos últimos anos. O COAC sugere que quando realizados em duas fases, as equipes selecionadas para a segunda ganham um premio equivalente ao nível de solução solicitada na entrega final do concurso, podendo esse valor deduzir-se dos honorários finais. Se for exigido um nível de anteprojeto, as cinco equipes seriam remuneradas como tal e o valor correspondente à fase de anteprojeto deduzido do contrato do ganhador. Há muitos casos também em que na primeira fase solicita-se apenas currículo e documentação administrativa.
A decisão de realizar o concurso em duas fases parece muito acertada e correta quando se exige uma proposta inicial na primeira fase como pode ser um Estudo Preliminar e na segunda exige-se dos selecionados o desenvolvimento ao nível mais adequado.
Nesse caso concreto os prêmios divulgados parecem ser apenas simbólicos frente ao que seriam os honorários indicados pelo IAB ou ao custo e dimensão da obra, sobretudo para um concurso em duas fases que busca participação internacional e requere “amplo detalhamento em cinco pranchas” na segunda fase. Não seria mais adequado que os prêmios às equipes selecionadas a segunda fase fosse equivalentes ao detalhamento exigido como honorários de anteprojeto ou estudo preliminar?
É possível revisar o edital quanto a isso?
Abraço,