O escritório espanhol Ábalos + Sentkiewicz foi um dos finalistas do concurso internacional para o Centro de Artes Performáticas de Taipei – Taiwan.
A proposta vencedora é de autoria do escritório holandês OMA, divulgada anteriormente neste portal, onde também foi divulgado um dos projetos indicados como Menção Honrosa, de autoria do escritório JAKOB + MACFARLANE – França. Confira abaixo a proposta finalista, do escritório espanhol.
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Finalista – Ábalos + Sentkiewicz – Espanha
Ficha Técnica
Área construida: 48.105m²
Local: Taipei, Taiwan
Cliente: Municipalidade de Taipei
Arquitetura: Ábalos + Sentkiewicz
Coordenadores do Projeto: Iñaki Abalos, Renata Sentkiewicz
Colaboradores: Jorge Álvarez Builla, Nissim Haguenauer, Andrés Besomi Terrazas, Pablo de la Hoz, Laura Torres Roa, Ismael Martín, Margaux Eyssette, Victor Garzón, Alfonso Miguel
Arquiteto Local: Ricky Liu and Associates / Architects + Planners,
Consultores – Arte Performática: Wu Jing-Jyi, Hsu Po-Yun, Li Huan-Hsiun, Taiwan
Consultores – Teatros: Theateradvises BV, Netherlands / PAT,Taiwan
Sustentabilidade: Cener (Florencio Manteca), Spain
Mecânica de Palco: Thyssen Krupp Ángel Pérez Sellers, Spain
Acústica: Higini Arau, Spain
Estruturas: Boma (Agustí Obiol), Spain / KLC & Associates, Taiwán
Maquete: Transference Cosmos Model, Taiwan
Sistemas de Emergência: Taiwan Fire Safety Consulting
Tráfego: THI Consultants Inc, Taiwan
Condicionamento Térmico: C.C.LEE & Associates, Taiwan
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Fonte: plataformaarquitectura.cl































bien.
hoje tirei a madrugada pra analisar e discutir a arquitetura, então vamos lá, tá na hora da minha análise rasteira desse projeto: Parece aquelas quentinhas de esopor… hehehehhehehe
Falando sério agora. Formalmente não me agradou, mas não sei com quais projetos esse dai concorreu, se esse ganhou fico pensando nos que perderam. Mas analisar mais do que isso é desnecessário, não dá pra entender bem as plantas e funções somente com as imagens mostradas. Até o momento só está servindo para acalorar discussões arquitetônicas tupiniquins no sentido formalismo versus pragmatismo.
Acho sinceramente irrelevante.
Não esqueçamos que os grandes acertos vieram sempre depois de alguns erros e tropeços.
A proposta é por uma arquitetura de espetáculo, um novo cartão postal para a cidade. Discutir experimentalismo vs. “realismo” foge completamente a questão. Acho mais conveniente discutir as relações urbanas, ambientais e emotivas geradas pelo objeto.
Responsabilidade com á cidade deve de fato existir quando projetos contratados. Acredito sim na experimentaçao em concursos de arquitetura pois existe uma comissao julgadora provavelmente experiente para avaliar tais propostas. Quantos projetos nao sao enviados para concursos muitos mais como forma de crítica ao sistema, á cidade atual? Vencer ou nao é algo subjetivo, pois se trocassem a comissao julgadora, com certeza outro projeto seria escolhido, e se trocassem novamente, muito provavelmente outro projeto seria escolhido, e assim por diante. Vejo concursos como uma forma de pensar, manipular informaçoes, conceber projetos que normalmente ou nunca entram em nossos escritórios como contratante. Postura digna meu caro, com á cidade e a arquitetura atual esta apenas em certa parte em concursos, pois existe uma comissao julgadora que, claro, julgará. Postura digna é postura com projetos contratados. Viva o experimentalismo dentro dos concursos, pois no meu caso, que nao participo e nem pretendo participar de laboratorios, como vc chama, pois é definitivamente a única maneira de se experimentar e ver seu projeto analisado e comparado com outros projetos. Vitória em concursos é o de menos. O que importa pelo menos pra mim é a possibilidade de experimentar e experimentar a possibilidade.
Pois é Thiago, eu acredito que o lugar para a experimentação é laboratório de pesquisa e concurso de idéias. É uma questão de responsabilidade para com a cidade, a sociedade e o bolso do contribuinte.
O que diríamos se as montadoras lançassem “carros-experimento” no mercado? Não é por isso que existem os protótipos?
A diferença é que projetos de arquitetura não são protótipos experimentais, restritos ao laboratório, e sim antecipações do que vai da fato (se o projeto for vencedor) ser infligido à cidade. A responsabilidade é muito maior, mas parece estar sendo levada como brincadeira em muitos projetos que vemos por aí.
Por outro lado, concordo que existe uma fraqueza teórica grave na arquitetura brasileira, corroborada pelo baixo nível da discussão nas revistas de arquitetura mais conhecidas.
Caro Pedro, já acho que concursos de arquitetura são, em suma, espaços exatamente para o experimentalismo. Só acho que o Brasil é um país que arrisca muito pouco, haja vista que tem como grande expoente internacional e seu “maior” arquiteto o Niemeyer, que nem arquitetura brasileira faz e fica insistindo nessa arquitetura, que teve sua época, porém já está ultrapassada teórica e formalmente (parece que a filosofia tão engessada desse movimento engessou quem acredita nisso até hoje). Só levanto a questão que aqui no Brasil a discussão fica num âmbito muito pessoal e particular. Se não existisse esse projeto não estaríamos nesse interessante (pelo menos pra mim) debate. Não sou partidário desse tipo de arquitetura, como já disse, porém se está ai é pq existe espaço pra elas e pessoas que a consomem, a admiram e a compram.
Caro Thiago, concordo que não podemos abrir mão da discussão e da reflexão fora dos paradigmas convencionais. Entretanto, não creio que o experimentalismo seja o papel de edifícios que vão ser construídos, ainda mais a um custo exorbitante, comprometendo grandes áreas da cidade durante (possivelmente) séculos. E tudo isso baseado em alguns desenhinhos bonitinhos e na lábia de alguns arquitetos que tentam nos convencer de que só as pessoas inteligentes enxergam a qualidade dos seus projetos…
Formalmente lembra um pouco o MAC do Niemeyer, porém, nao por isso e/ou só por isso, temos que analisar a obra de maneira tao simplista. Porém nao é surpresa nenhuma analises tao rasas e superficiais assim. Nao sou um grande fa desse tipo de arquitetura cenográfica e futurista, porém acho necessária para abrir novos horizontes de discussao e reflexao. Mas como alguns críticos de arquitetura parecem mais bebes choroes e resmungoes, a coisa empaca num feio/bonito, plagio/original, adequado/inadequado. A maior crítica que podemos fazer é participar de grandes concursos internacionais e ganhá-los com projetos mais interessantes que esse.
É uma mistura de MAC – Niterói com o GUGGENHEIM – New York.
Cadê a inovação? Dessa vez o escritório espanhol Ábalos + Sentkiewicz surpreendeu pela falta de criatividade num projeto tão importante.
que é belo, nao há dúvidas, mas olhando para ele, vejo uma simples derivação de grandes projetos criados anteriormente.
Nada se cria, tudo se copia… Vão finalmente construir as Arcologias do SimCity 2000!
Embora o projeto me remeta diretamente ao MAC de Niterói, acho que esse projeto não vai envelhecer tão bem quanto a obra de Niemeyer que, diga-se de passagem, não envelhece.
8 MACs Niteroi, juntos? Diga-se de passagem com proporções robustas?
E a fulana ainda diz que Niemeyer perdeu a mão.