Anunciado o vencedor do Concurso Internacional de Arquitetura para a construção do novo Centro Administrativo (Prefeitura e Conselho Municipal) de Tallin na Estônia. O projeto selecionado é de autoria do escritório dinamarquês Bjarke Ingels Group (BIG), em conjunto com o escritório de engenharia Adams Kara Taylor, da Inglaterra.
Participaram do concurso 81 arquitetos, dos quais 9 foram selecionados para a fase final. A comissão julgadora, presidida pelo prefeito da cidade (Sr. Taavi Aas), decidiu pelo projeto do escritório BIG por unanimidade. O centro da administrativo será construído em terreno de aproximadamente 35.000m2.
Segundo Bjarke Ingels, arquiteto responsável pelo projeto, “quando se projeta um espaço público como uma prefeitura, o projeto precisa considerar a visão da vizinhança e dos usuários, dos cidadãos e dos políticos. Paradoxalmente, nós arquitetos ficamos isolados e distantes desse diálogo – que é crucial no momento de concepção da uma idéia – em função do anonimato característico dos concursos. Por se tratar de um concurso em duas etapas, tivemos algum retorno do júri, que provocou mudanças importantes no projeto um função das demandas dos cidadãos. O resultado foi um projeto mais flexível, que é capaz de se adaptar às demandas inesperadas. Encaramos essa experiência como um primeiro diálogo, que pretendemos manter no futuro”.
Ainda segundo os autores, “o novo centro administrativo vai oferecer transparência em duas direções: dos cidadãos em relação à estrutura política e administrativa, e vice-versa. Os vários departamentos foram concebidos a partir desse conceito de transparência: os servidores públicos não tomarão suas decisões por trás de paredes espessas e opacas, mas serão visíveis em seu trabalho diário, por todos os cidadãos e circulam na praça pública. Ao mesmo tempo, os servidores públicos poderão olhar para o exterior, para a praça pública, e sempre terão a cidade e os cidadãos em vista e em mente.”
Outro elemento do projeto que procura incorporar o conceito de transparência e visibilidade é o “Conselho Municipal”, cuja cobertura funciona como uma espécie de periscópio, permitindo visibilidade entre o público e os políticos. Dessa forma, “sempre que os políticos, membros do conselho, levantarem a vista, eles verão a cidade. Da mesma forma, no sentido contrário, os cidadãos – seja no momento do protesto ou da vida cotidiana – ao olharem em direção à torre que abriga do “Conselho Municipal”, terão uma visão sobre a atividade política cotidiana”.
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Fontes: bustler.net e plataformaarquitectura.cl