Autor e Responsável Técnico: Luís Felipe Abbud – São Paulo – SP.
Co-Autores: Carlos Eduardo Miller, Gabriel Sepe, Ricardo Gusmão, Giselle Mendonça, Marcela Ferreira, Natália Tanaka e Stela Da Dalt.
Colaboradores: Mariana Strassacapa [fotografia], Marcos Muzi [fotografia] e Martin Benavidez [renders].
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Memorial – Largo da Universidade : Campus Cabral da UFPR
Leitura Urbana
O sítio do Campus Cabral apresenta uma condição urbana particular: consiste numa quadra de dimensões consideravelmente maiores que as típicas locais e cujos limites são dados pelas ruas do entorno e por uma praça pública, que hoje é conformada como o fundo do lote.
Nova Frente Urbana – Definindo a leitura dos domínios da Universidade e da praça pública
O projeto propõe a abertura de uma rua no limite sul do terreno, na continuação da Rua Manoel Eufrásio, de maneira a distinguir os espaços do Campus e o da Praça Brigadeiro Eppinghauss. A criação desse eixo proporciona uma nova frente para a Universidade, caracterizada pela sua situação urbana particular.
Eixo de Interseção – Mediando a transição entre as escalas local e metropolitana
O projeto estrutura-se a partir de um eixo longitudinal ao terreno, que referencia o Campus numa escala metropolitana, a partir da conexão com o transporte BRT, e articula-o na escala local, estabelecendo uma relação entre a Universidade e a praça pública.
Clareira da Universidade – Conformando um largo de convívio
O vazio criado no interior da quadra articula os volumes dos edifícios propostos ao mesmo tempo que cria um espaço de identificação, que acolhe atividades cotidianas e propulsiona acontecimentos próprios da vida universitária.
Implantação – Desenhando o Campus a partir de duas frentes, uma externa e outra interna
Os edifícios propostos se definem, por um lado, a partir dos alinhamentos das ruas e do edifício existente, criando o desenho da quadra, e por outro, pelo desenho do vazio interno, a praça Universidade.
Interpretação do Programa – Produzindo o espaço da Universidade a partir da reorganização funcional das faculdades
O projeto propõe um rearranjo do programa de maneira a combinar usos afins e com isso proporcionar uma maior interação entre as faculdades. Dessa forma, ao invés de reproduzir uma mesma organização funcional em repetidos edifícios, são propostos volumes particulares, relativos a grupos de programas.
Materialidade e Legibilidade
O rearranjo do programa em edifícios distintos é expresso no projeto a partir da volumetria e materialidade conferidas aos mesmos. Enquanto o edifício laminar das salas de aula aparece como volume translúcido elevado, o correspondente à área administrativa e biblioteca aparece como uma “pedra”, de aparência mais sólida e desprendida dos alinhamentos da quadra. O auditório proposto se insere no edifício existente, completando o desenho do volume do edifício, mas desmaterializando-se em sua transparência. O volume correspondente aos laboratórios, por sua vez, é entendido como um prolongamento do chão que ao chegar na cota mais baixa revela-se como volume.
Praça e Acessos
O desenho do largo central é definido de maneira a criar conexões que conduzem gradativamente as pessoas à praça, por meio de acessos mais controlados, que desembocam no espaço central.
Áreas Verdes
Os espaços livres no Campus são tratados de duas maneiras distintas: apresentam-se de forma destacada no espaço da praça central ou compõem um conjuntos de jardins que intermedeiam a relação do campus com as vias públicas.
Proposta de Expansão
A previsão da expansão das faculdades e potencial introdução de um terceiro departamento se dá a partir da implantação de um edifício de 5 pavimentos, com acesso pela alameda, e com restaurante universitário no térreo. A proposta utiliza-se da estrutura projetada para um primeiro momento, mantendo o mesmo esquema de circulação pelos vazios entre os edifícios.
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Agradecemos aos autores pela disponibilização do material para publicação.