1º Lugar
Eder Alencar + VMG Arquitetos (Heloísa Melo Moura e William Veras)
Arquitetos colaboradores: Guilherme Mahana e Marina Fontana
Estagiários: Rodrigo Rezende, Lara Araújo, Helena Daher, Natalia Dutra
Consultora jurídica: Helena Moura
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Memorial
O partido do projeto para o Ministério Público da Paraíba em João Pessoa desenvolveu-se com base no entendimento de que, sendo esse uma Instituição Pública com corpo jurídico defensor do interesse público e coletivo, sua arquitetura deveria, tanto quanto possível, traduzir uma relação agregadora e de continuidade espacial com a cidade e com o povo, respeitando, ao mesmo tempo, suas premissas de privatividade, controle de segurança e hierarquia. Foi partindo dessa reflexão que o Ministério Público da Paraíba tomou forma de uma paisagem modelada, que respeita a escala do lugar e se integra com o urbano, num continuum, enriquecendo-o com a criação de novas relações e novos percursos e promovendo um equilíbrio entre o que é público e o que é privado. O MPPB foi implantado, portanto, como uma resposta ao “urbano”: tem-se um eixo estruturador, traçado a partir das relações urbanas do terreno, que converge para uma praça, essencialmente pública, conformada pela desejada área de “solo permeável”, fartamente arborizada e ajardinada, e pelas edificações que acomodam as funções previstas no programa de necessidades. As edificações: um edifício de 22 pavimentos, condensador da imagem institucional e da escala particular, que abriga as funções essenciais do Ministério Público e o restaurante, no último pavimento; um edifício pavilhonar, abrigando as principais funções públicas, como o auditório, a biblioteca, as exposições, a sala para cultos ecumênicos, etc.; e uma “caixa”, que abriga o auditório para 500 pessoas, sendo os últimos representantes da escala coletiva. Tendo em vista, ainda, o comprometimento do MMPB com a exemplaridade de suas ações, pensou-se em um projeto viável, acessível e pautado pelos princípios do desenvolvimento sustentável. No que tange à redução de impactos ambientais, merece destaque a implantação geral do conjunto, que toma partido da conformação atual do terreno, evitando escavações e terraplenos excessivos. Quanto ao conforto ambiental, deve-se destacar a preocupação com a melhor implantação em função das incidências solares e o consequente tratamento dado às fachadas, com brises protegendo os ambientes internos ao longo de todo o ano, durante os horários comerciais de trabalho. As soluções adotadas de esquadria de vidro interna + brise móvel externo variam conforme a fachada e possibilitam, além da manutenção das vistas exuberantes que se tem a partir do terreno, o aproveitamento da iluminação e ventilação naturais. Essa tornando possível, inclusive, o condicionamento térmico dos ambientes através de meios passivos, diminuindo a utilização de equipamentos consumidores de energia. Ademais, o conjunto proposto está apto a incorporar soluções técnicas, como captação e reuso de águas pluviais ou águas servidas para, por exemplo, irrigação de jardins e descargas sanitárias; coleta seletiva; energia solar; etc.
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Agradecemos aos autores pela disponibilização do material para publicação.
Tamanho duvidoso das vagas, além do eixo de circulação não atender largura mínima de 5 metros para manobra do carro, quando se tem vagas em abas as faces… Acho que esse estacionamento não funciona, como foi apresentado nas pranchas.
Segue abaixo link para apreciação dos leitores de outra proposta realizada para este concurso do Complexo de Ministério Público da Paraíba que não chegou a ser julgado por uma falha burocrática:
http://www.revistaau.com.br/emrede/membro/kleimer/complexo-do-ministerio-publico-da-paraiba-17521.asp