Área de Intervenção: LA CHAUX‐DE‐FONDS – SUIÇA

(Tópico – Colonização – Nova Comunidade)

Menção Honrosa

Arquitetos: Maïra Caldoncelli Vidal (FR 1980), Aude Lerpinière (FR 1980), Grégoire Dubreux (FR 1979), Ludovic Malbet (FR 1981)

Colaborador : Marcos Franchini De Oliveira (BR 1987)

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Síntese do Memorial Descritivo

PAROI RUCHEUSE (Parede em favos)

O horizonte da cidade de la Chaux-de-Fonds é, naturalmente, marcado por uma sinuosidade de montanhas em contraste com o rigor urbano do centro da cidade histórica.

Como enquadrar o tecido urbano de um terreno contido na fronteira desses dois elementos?

O espírito do projeto consiste na interpretação dessa urbanização tradicional da cidade que se estendeao longo do vale para “colonizar” uma morfologia natual montanhosa complexa.

A intensificação da vida urbana por uma malha continua se propaga sobre o conjunto do terreno tal como uma PAROI RUCHEUSE (termo geológico que em francês significa parede em favos) : uma sucessão de alvéolos que acompanham a topografia em uma relação permanente com o solo natural.

Essa trama porosa e sinuosa marca o fim do vale, a fronteira natural entre espaço urbano e paisagem. Ela oferece uma nova maneira de habitar e de trabalhar no coração de um bairro sustentável alternando aberturas sobre o horizonte et transições com diferentes gradações de intimidade. A articulação de diferentes usos é sugerida pela diversificação da malha deixada livre à transparência, à respiração, et à apropriação desse pedaço de cidade sustentável por seus habitantes no cotidiano.

PARECER DO JURI

O projeto interpreta a urbanização tradicional de La Chaux-de-Fonds por uma sucessão de alvéolos que acompanham a topografia em uma relação permanente com o terreno natural.

Essa trama porosa e sinuosa (uma imagem de montanhas), marca uma transição doce entre cidade-floresta e oferece uma articulação diversa de diferentes apropriações.

A introdução de uma diagonal de ligação de automóveis permite que se insiram as infra-estruturas importantes do bairro (alta ferrovia, passarela, caminhos de pedestre, rua Fritz Courvoisier).

É favorecida a apropriação pedestre pela criação pontual de bolsas de estacionamento coletivo. O acesso às casas individuai s(3pavimentos) é feito ao Sul por uma circulação lateral. As casas propõem uma dupla orientação (Norte-Sul / Sul-Leste), uma alternância de níveis, um jardim privado, um atelier/espaço de trabalho / espaço comum.

Grandes espaços abertos e flexíveis de ateliês/escritórios/laboratórios são propostos. A organização de pequenos equipamentos para servir a estação de trem e uma praça urbana oferece uma transição com o conjunto habitacional Esplanade, seu vizinho.

O juri escolheu essa proposta pela sua originalidade de seu posicionamento na trama da cidade de La Chaux-de-fonds.

É o único projeto que propõe, com habilidade, uma ligação entre os bairros do alto da colina e a parte baixa do vale, ao traçar uma via de mão dupla. Essa ligação é uma renúncia à trama retangular, mas nela há o mérito de se integrar completamente a nova urbanização com o fluxo urbano.

Por essa razão, os autores administram uma mistura de usos à imagem do resto da cidade: A acessibilidade dos pavimentos térreos por essa nova rua que permite acolher em um nível baixo dos imóveis uma atividade “funcional”, na qual as entregas e a visibilidade em relação ao espaço público são completamente asseguradas. A obra é implantada paralelamente ao declive e sua orientação global acompanha uma trama de caminhos pedestres que se fundem com a floresta vizinha gerando um limite com o ambiente natural difuso.

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