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Concurso Público Nacional de Arquitetura
Revitalização do Calçadão de Canoas – RS
Objeto: Revitalização do Calçadão de Canoas – Projeto de renovação do ambiente urbano, recuperando a qualidade do acervo construído e requalificando os espaços públicos livres. Valorização, em quantidade e qualidade, dos espaços públicos destinados à circulação, acessibilidade, estar, lazer, cultura, especialmente em função dos fluxos de pedestres, incluindo tratamento paisagístico, bicicletários e sanitários, entre outros elementos do programa.
Local: Canoas – RS
Tipo de Concurso: aberto, nacional, anteprojeto
Promoção: Prefeitura Municipal de Canoas – Rio Grande do Sul
Quem pode participar: profissionais (arquitetos e urbanistas)
Cronograma:
Inscrições: até 24.agosto.2009
Envio dos trabalhos: até 30.outubro.2009
Resultado – 02.dezembro.2009
Prêmios:
1° lugar – R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais)
2° lugar – R$ 15.000,00 (quinze mil reais)
3° lugar – R$ 7.000,00 (sete mil reais)
4° lugar – R$ 7.000,00 (sete mil reais)
Para mais informações e procedimentos de inscrição enviar e-mail para: canoasmaisbela1@hotmail.com
Veja aqui o edital do concurso (versão revisada em 05.08.2009 – para atualizações contactar diretamente a coordenação do concurso)
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Os interessados devem consultar diretamente a coordenação do concurso para eventuais atualizações e alterações relativas ao concurso anunciado.
Acho q deveriam escolher os 4 ou melhores projeros e fazer uma votação popular com varias urnas no Centro para q os moradores de Canoas, escolhecem o primeiro lugar e até o quarto lugar. Espero q contemple os camelos embaixo da passarela, q eles continuem no miolo Central.
Porque são 21 Familias ali vivendo de suas vendas
prezado jeronimo,
por um lado, tu tens toda a razão: ninguém é obrigado a participar de um concurso. entra quem quer.
por outro lado, se aceitarmos qualquer coisa e não reclamarmos de coisas como essa, nossa profissão continuará perdendo poder e respeito, com a consequência de que poucos acham que um projeto merece ser remunerado dignamente.
portanto, não se trata de um caso isolado mas de um quadro muito maior que trata hoje a nossa profissão como algo dispensável e sem a qual a sociedade sobrevive tranquilamente.
Meu caro, nos últimos 12 anos, desde que me formei, devo ter participado da maioria dos concursos realizados neste período, e não tenho a menor duvida da importância destes eventos para nós arquitetos pois tornam democrático o acesso a determinados projetos e garantem na maioria dos casos uma arquitetura de qualidade para o contratante.
Graças a experiência adquirida, participei do desenvolvimento inicial do documento que tramita no IAB, visando uma maior organização nacional para esta modalidade de contratação de projetos e uma política de viabilização de um numero maior de concursos e posso atestar o empenho dos nossos colegas do IAB para isto.
Entendo que, o absurdo aqui debatido são as condições propostas pelo organizador, a não contratação do arquiteto vencedor para desenvolvimento do projeto e a cessão dos direitos autorais sobre o mesmo. Concordo com você entra no concurso quem quer, eu particularmente não quero, pois ciente da mobilização e do investimento que fazemos ao participar de um concurso, considero um desrespeito ao meu trabalho a proposta deste edital,
E continuo por aqui, acreditando no meu trabalho, defendendo que o projeto tem um valor agregado e que ele não pode ser cedido ou entregue por uns míseros reais …quixotismo talvez, num meio onde muitos se vendem por tão pouco.
Pessoal
Assim como todo concurso, este também apresenta alguns problemas no edital.
Não sei se vocês se lembram, mas há pouco tempo atrás quase não existiam concursos de arquitetura.
Fico contente que hoje diversos projetos de grande importância são abertos a concorrência pública, e julgados pela sua qualidade e melhor ainda, muitos vezes são executados.
Acabei de ler os depoimentos acima, e acho um absurdo essa revolta contra o concurso, tenho certeza que a comissão organizadora se soubesse de como o concurso está sendo criticado, eles simplesmente não fariam o concurso, e contratariam o sobrinho recém formado do senador muito amigo do governador pra fazer o projeto.
Acredito também que mandar cartas ao IAB também não ajudam em nada, no concurso do museu exploratório de ciências, até o vice-presidente do IAB fez uma carta a universidade UNICAMP sem repercussão alguma. O único resultado é que com certeza a UNICAMP nunca mais vai fazer concursos de projeto de arquitetura.
Pessoal deve entrar no concurso quem quer! Ninguém é obrigado, e não é a prefeitura de Canoas que paga vossos salários!!!!
Parem de ficar reclamando, ganha quem faz projeto, não que reclama!
Total apoio ao texto do colega Mahfuz, este concurso parece ser algo de cartas marcadas, ou no mínimo de falta de seriedade para com os profissionais.
Estou profundamente desapontado com essa atitude mera comercial…..que nao qualifica ninguem dessa forma, todo e qualquer projeto tem sim o devido fato do reconhecimento e direito autoral sobre o mesmo, isso precisa mudar
O bom mesmo é ganhar o segundo lugar e sair com 15mil pois vale mais a pena do que ganhar o primeiro e praticamente pagar pra executar o projeto. Nao é mesmo?
Uma palhaçada isso!
Bom.
Me adiantei e já mandei a seguinte mensagem:
“À Direção Nacional do IAB
Ao IAB-RS,
Caríssimos presidentes João Suplicy e Carlos Alberto Sant’ana,
Saudações!
Tomo a liberdade de enviar-lhes o link abaixo, onde vem se discutindo o Edital do Concurso que o município de CANOAS/RS está promovendo.
O Edital fere alguns dos princípios basilares dos Concursos, especialmente pelo fato de o autor do projeto vencedor não ser contratado sequer para coordenar a execução dos projetos complementares e menos ainda de realizar propriamente o Projeto Executivo.
https://concursosdeprojeto.org/2009/07/29/calcadao-de-canoas-rs/
Dados os relevantes aspectos apontados pelos leitores e assinantes do site acima (incluindo notáveis colegas de extenso trabalho na produção e no ensino de arquitetura, bem como experientes participantes em concursos de arquitetura), encaminho para vossa apreciação na expectativa de que providencias cabíveis sejam tomadas frente à Prefeitura de Canoas/RS e à Coordenação do referido Concurso, pelo nosso IAB.
Atenciosamente,
Com um grande abraço
IranRosa | arquiteto
Porto Alegre/RS”
Concordo e acrescento alguns detalhes do Edital.
1 – Notaram como está constituída a Comissão Julgadora? É 1 (um) arquiteto + Coordenador do Concurso + Prefeito Municipal + Presidente do CDL + Secretário Municipal de Planejamento Urbano e Habitação. Ou seja, vários problemas aí. Primeiro, porque só tem 1 arquiteto. Segundo, o Coordenador (quem é? o que faz?) coordena e JULGA! Terceiro, o que o prefeito e o presidente da CDL estão fazendo aí??!!! Hummm… Que cheiro estranho…
2 – Depois da escolha do vencedor pela Comissão Julgadora, os projetos complementares serão contratados pela Prefeitura. E aí? Quem coordenará a execução e compatibilização dos Complementares??? Lá se vai a autoria do projeto!
Colegas, é fundamental que se faça uma comunicação oficial à Prefeitura relatando estes aspectos duvidosos e aviltantes do Edital, e requerer que o mesmo seja revisto e adequado no mínimo com base no regulamento para concursos do IAB.
Ainda, este assunto deve ser levado imediatamente ao IAB-RS e ao IAB Nacional, para que se pronunciem e tomem as devidas providencias.
E vamos em frente! Essa parada não vai ser mole. Canoas é resistente há tempo e não está muito bem assessorada.
Concordo integralmente com a carta redigida pelo colega Mahfuz.
não pude resistir e enviei à organização do concurso a seguinte mensagem:
“prezados organizadores,
gostaria de transmitir a vocês o sentimento generalizado de insatisfação que reina entre os arquitetos que habitualmente participam de concursos em relação ao modo como o Concurso de Revitalização Calçadão de Canoas está organizado.
olhando atentamente o edital nos damos conta de que este concurso oferece um prêmio que na verdade é um pagamento de honorários, após o que termina com a participação do vencedor no processo. isso nos parece insatisfatório tanto para nós como para a própria cidade de canoas.
o procedimento normal em concursos é que o vencedor ganhe um prêmio e seja contratado para desenvolver um projeto executivo, sobre o qual mantém responsabilidade e direitos autorais. normalmente o valor do prêmio é descontado do valor total do contrato o qual, num caso similar ao presente, tem valores muito mais altos do que o prêmio oferecido.
o edital também sugere que a prefeitura considera que o trabalho vencedor tenha o status de projeto executivo (17.1). isso demonstra uma certa inexperiência da prefeitura em relação a concursos, pois jamais são realizados para que o produto seja um projeto executivo. no máximo se tem concursos de anteprojeto, ficando o executivo para ser desenvolvido durante a fase pós-concurso, em estreita relação com os clientes.
nossa insatisfação está centrada nos seguintes itens:
1. o valor oferecido é adequado como prêmio, nunca como honorários para um trabalho de tal importância;
2. não contratar o vencedor para desenvolver o projeto executivo é um erro, pois nenhum dos trabalhos será desenvolvido o suficiente para nortear o processo em todos os seus detalhes;
3. eliminar o autor ou autores da implantação do projeto é outro erro que só poderá vir em detrimento da mesma;
4. realizar um concurso em nível de projeto executivo revela desconhecimento da lógica de um concurso, que é escolher um arquiteto com base em uma proposta genérica, a qual é depois levada a termo em contato com os clientes e com suas necessidades.
é uma pena que a prefeitura de canoas não dê o devido valor ao projeto que regerá a transformação de uma importante área da cidade. canoas merece mais consideração.
atenciosamente,
Edson da Cunha Mahfuz”
O nosso amigo, acima descreve um fato que temos observar e pensar até que ponto existe Seriedade nesses concursos, “Cartorialismo” e atestado de competência técnica é fato comprovado que exclui abruptamente qualquer profissional no inicio de sua carreira! Ja tem carta marcada!
em concursos organizados pelo iab isso nunca acontece, pelo menos dos que eu me lembro. é incrível que a prefeitura de canoas queira adquirir um projeto dessa importância por módicos 50.000 reais, eliminando posteriormente o vencedor do cenário.
mais um concurso que devemos nos contentar com o premio e ceder os direitos do nosso trabalho para o promotor…e o engracado é que parece que eles acreditam que o material das seis pranchas configura um projeto executivo!
E continuam atestando que o nosso trabalho- o projeto, vale muito pouco quase nada…
parece um concurso interessante, com prêmios bastante razoáveis.
entretanto, me chamou a atenção dois itens da lista de documentos necessários para inscrição: declaração de idoneidade e atestado de competência técnica.
confesso que não entendi. voltamos ao cartorialismo dos tempos da ditadura? porque sou suspeito até provar o contrário? o fato de ser um arquiteto com registro no crea (consequência de ter obtido o título de arquiteto em uma universidade reconhecida) não serve como atestado de competência técnica, por mínima que seja?
e quem emitirá essa declaração de idoneidade: eu mesmo, a polícia? tsk, tsk…