Concurso Nacional de Arquitetura para a Sede da FATMA/FAPESC – 2° Lugar
Projeto 42
Responsável técnico – Arq. Mario Biselli
Colaboradores – Arq. André Biselli Sauaia, Arq. Cassio Oba Osanai, Arq. Paulo Roberto dos Santos, Arq. Débora Pinheiro Rodrigues, Arq. Maria Fernanda Rechi Vita ,Arq. Vinícius Miranda de Figueiredo, Arq. Marcelo Santos Checchia, Arq. Priscila Dianese, Arq. Melina Giannoni de Araújo, Arq. Guilherme Filocomo e Arq. Cassia Lopes Moral
Consultoria Estrutural – SPPROJECT: Eng. Tiago Braga Abecasis, Eng. Paulo Freire, Eng. Jair Vieira Filho, Eng. Miguel Brazão e Eng. Dário Afonso
Consultoria em Sustentabilidade – Arq. Boris Villén
Orçamento – Eng. Ricardo Zulques
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Memorial Descritivo Conceitual
A condição natural de um lugar é sempre única. Topografia, vegetação e condições climáticas nunca se repetem em um sítio.
A área do Parque Tecnológico e o terreno destinado à implantação das sedes da FATMA e FAPESC apresentavam uma singular beleza em sua origem. Resta ao projeto a proposição de uma nova beleza, considerando que a vegetação natural foi perdida.
Esta nova beleza deve partir de um diálogo com a geografia, e com os percursos públicos do campus através do terreno. Deste modo, o projeto se desenha como conciliação entre estes elementos e a arquitetura do edifício.
O Partido arquitetônico propõe uma clara divisão entre a sede da FATMA e da FAPESC, através da introdução de um pavimento livre de acesso público, sem prejuízo da demanda por acessos controlados e da privacidade das áreas de trabalho.
Este movimento se destina a reconstruir a topografia depois das necessárias escavações, e a recuperação dos percursos pedestriais através do sítio. Pode ser compreendido como uma generosidade das instituições que alí estarão instaladas, uma gentileza urbana para com o campus.
Esta decisão de projeto satisfaz a demanda pela criação de interfaces permeáveis entre o espaço público e o privado, de modo a promover a interação entre ambas as esferas*. Também serve quanto ao incentivo à diversidade e complementaridade de usos e atividades urbanos* e quanto ao respeito à paisagem e atenção aos impactos decorrentes da intervenção sobre os visuais da área*, na medida em que o projeto não apresenta externamente muros de arrimo ou empenas cegas. (* Diretrizes urbanístico-arquitetônicas gerais para intervenção – anexo 1 do edital) Portanto, ao invés de desenhar o Pilotis na cota indicada, nesta cota se implanta a sede da FAPESC – em dois pavimentos – e o saguão principal de altura dupla. Este conjunto se configura como base do conjunto arquitetônico.
O Pilotis se situa na cota 22.50, de maneira que sua acessibilidade integral se torna possível a partir da rua – através de rampa – e das cotas superiores do terreno em sua fronteira sul.
A sede da FATMA se instala em uma torre de 4 pavimentos, isolada da base pelo Pilotis.
A arquitetura do edifício responde à demanda do edital quanto ao caráter icônico, enquanto expressão das atividades desempenhadas pelas instituições e o que representam para o desenvolvimento da sociedade catarinense.
Uma tal expressão recorre inevitavelmente às melhores experiências da arquitetura brasileira, que serve da engenharia estrutural de vanguarda para manifestar-se através do desenho virtuoso de balanços e vãos livres. O edifício é ao mesmo tempo modesto – em seus elementos de linguagem – e exuberante – no que tange à sua expressão estrutural.
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