
1° lugar – concurso CREA-PR – Sede Curitiba
Anunciados os premiados do Concurso Público Nacional de Arquitetura para a sede do CREA – Paraná em Curitiba, após julgamento realizado em duas etapas (ata final publicada em 01.jun.2009).
Premiados: (clique sobre os nomes para visualizar os projetos)
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2° lugar – MARCOS A. JOBIM e SILVANA CARLEVARO – Florianópolis / SC
3° lugar – NONATO VELOSO – Brasília / DF
4° lugar – PAULO HENRIQUE PARANHOS – Brasilia / DF
5° lugar – ANTONIO MALICIA FILHO e ROGERIO BATAGLIESI – São Paulo / SP
Menção – JULIO VIEIRA e JAIME CUPERTINO – São Paulo / SP
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Comissão Julgadora
Armando de Oliveira Strambi, Presidente
Paulo Marcos Mottos Barnabé, Relator
José Hermeto Palma Sanchotene
Sérgio Roberto Parada
Ubyrajara Gilioli
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Critérios de Julgamento
Implantação – ocupação do terreno; agenciamento; orientação natural e acessos.
Programa de Necessidades – objetividade e clareza em seu atendimento; atenção às áreas necessárias aos diversos ambientes e aos pés-direitos recomendáveis.
Fluxograma – circulações horizontais e verticais; interligação entre atividades afins; flexibilidade para ocupação e compatibilização entre os sistemas estruturais e das instalações.
Cumprimento à legislação – da Prefeitura Municipal de Curitiba; do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná; das Concessionárias; parâmetros construtivos e dimensionamento dos ambientes.
Acessibilidade – respeito à legislação geral que dispõe sobre a mobilidade integral de idosos e portadores de deficiências físicas.
Técnica Construtiva – sistema estrutural; sistemas de instalações prediais e especiais; sistema construtivo; especificações gerais; materiais de acabamento; economicidade e exeqüibilidade.
Conforto – utilização de sistemas naturais e artificiais de ventilação; de iluminação; de redução de carga térmica e de proteção acústica; de conforto térmico e acústico.
Eco-eficiência – captação e tratamento de águas pluviais; baixo consumo energético durante a construção; redução de recursos naturais consumidos na obra; eficiência energética do conjunto arquitetônico durante seu uso; geração de energia própria; economia de recursos naturais.
Composição – Criatividade e harmonia das formas e proporções da edificação.
Custo da construção – em atendimento ao limite financeiro estabelecido, com apresentação de orçamento sintético.
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Sobre o Concurso
O concurso foi lançado em 12.jan.2009, com o slogan “Em Foco: sustentabilidade”, com o objetivo de (segundo o edital) “identificar os projetos que contemplem a sustentabilidade ambiental em toda a cadeia produtiva da construção, como por exemplo, reaproveitamento de água da chuva, economia de energias, gerenciamento correto de resíduos com ventilação e iluminação natural, correto uso de materiais in natura e acessibilidade.”
Ainda segundo o programa, o concurso deveria priorizar a qualidade do projeto e a inclusão dos projetos complementares e da sustentabilidade.
De acordo com o arquiteto Jeferson Dantas Navolar (IAB PR), coordenador do concurso, “o CREA-PR dá exemplo à sociedade optando por um concurso público que valoriza o profissional e o debate da produção da arquitetura e não somente o preço final da obra”.
Obra – A nova sede será construída em um terreno do Conselho de 2,6 mil metros quadrados a uma quadra do Shopping Mueller, na região central da cidade. A previsão é de que tenha aproximadamente 10 mil metros quadrados de área construída. Segundo o vice-presidente do CREA-PR e membro da comissão que organiza o concurso, engenheiro civil Gilberto Piva, a obra será importante para uma maior integração entre as áreas do Conselho. “Além de reduzir custos e agilizar o atendimento às demandas profissionais”, afirma. Atualmente o CREA em Curitiba funciona em dois locais distintos e que foram adaptados para as atividades do Conselho.
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Clique aqui para conhecer outros projetos submetidos ao concurso.
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Nota – editoria concursosdeprojeto.org – convidamos os autores dos projetos premiados, menções e demais participantes interessados, a enviarem imagens de seus projetos (seção contatos) em média ou alta resolução, a fim de facilitar a difusão e apreciação dos mesmos. Ao mesmo tempo, solicitamos que eventuais incorreções ou omissões nas publicações nos sejam informadas.

vai ser executado???
Todos os índices, taxas e recuos obrigatórios foram atendidos. Consta em nossa primeira prancha e está disponível neste site.
Inclusive fez parte da comissão julgadora um membro da prefeitura de Curitiba responsável por fiscalizar tais atendimentos.
Acreditamos que esta deveria, de forma exemplar, ser a conduta de todas as comissões julgadoras de concursos públicos de arquitetura.
Abraços a todos
Quanto a solução proposta, gostaria se possível, que fosse esclarecido se o coefiente de aproveitamento do projeto vencedor atende a legislação municipal.
Que idéia Dênis?, que besteira!. Dê sua opnião e pronto meu caro!. Com relação ao que foi dito anteriormente, não é plágio nenhum, minha opnião é que é um projeto fraco, mas é justa a tentativa dos autores de defendê-lo, só isso.
De qualquer maneira parabéns pelo prêmio, sei que é um grande feito vencer um concurso nacional arquitetura, especialmente para uma equipe de jovens arquitetos.
abraço a todos
Ao ver o resultado do concurso dito ” um dos maiores concursos publicos nacionais de arquitetura” o unico sentimento que tive foi de desanimo. Nao vejo relevancia alguma para a arquitetura brasileira, um predio com uma fachada de samambaias penduradas apenas pra dar um ” ar de sustentabilidade”. Alem disso, me parece que o entorno foi simplesmente ignorado, assim como nas demais propostas apresentadas. As edificacoes laterais ao terreno foram simplesmente esquecidas. A ” bela” visual das lavanderias do edificio vizinho voltadas para o largo criado pela proposta vencedora, nao comparece. Ou seja, o que a proposta mostra, nao é o que vai ser executado. No meu ponto de vista chega a ser constrangedor esse tipo de solucao principalmente para os residentes do terreno vizinho. Essas e outras razoes me fazem questionar a seriedade do juri responsavel pelo resultado. O mesmo que deixa em quinto lugar, um projeto completamente equivocado em termos de partido. Nem mesmo um edificio que nao almeja a sustentabilidade desejada pelo concurso, cometeria tamanho equivoco. Alias, a sustentabilidade defendida pela proposta vencedora pra mim é um tanto fragil. Primeiro porque ate mesmo os projetistas concordam que a solucao em brises é mais passivel de ser viabilizada, do que a solucao do tipo ” mato pendurado”. Ou seja, no final das contas, nao se sabe o que vai ser feito. O resultado pode ser outro. Ou melhor, vai ser outro. Sendo assim, se a sustentabilidade defendida pela proposta parece se esgotar na utilizacao da vegetacao disposta verticalmente, o que sobrou de sustentavel? Sim , porque as demais solucoes se pressupoem que qualquer arquiteto com bom senso faria.
A utilizacao da luz natural, boa orientacao solar, etc, sao recursos usados desde sempre. Nao ha inovacao na utilizacao dos mesmos. Entao onde esta a inovacao na proposta que busca ser um simbolo da sustentabilidade? Nao foi isso um dos requisitos do juri?
Em segundo lugar, para mim a relacao de um edificio com a cidade, com o espaco urbano tambem comparece como fator importante para uma obra que deseja ser sustentavel. E no meu ponto de vista o vencedor do concurso apresentou algo completamente fora do contexto. Nao cria nem mesmo espacos atrativos para os usuarios do local, quanto mais para o publico externo. Apenas um largo de proporcao desumana que nao convida nenhum usuario a utiliza-lo.
Nossas cidades estao aos poucos virando retalhos de projetos que buscam solucoes individualizadas que nao pensam num todo maior. Me parece que a proposta acertou apenas na questao do marketing, afinal, vendeu a ideia.
Partindo da mesma ideia de Ernesto Playa, agora serão proibidas as curvas nos projetos. Pois Niemeyer já tem a suas q são mundialmente conhecidas e Zaha Hadid ñ passa de uma copista. Que rídiculo. Já faz tempo, mas ñ podia ficar sem opinar ao ver esse tipo de comentario.
Parabens Arq. Jean Grivot
Parabéns, Jean Grivot e equipe, pela simplicidade, correção e elegância da proposta. Fiquei em terceiro lugar, e entendi a opção dos jurados: primeiro, segundo e terceiro lugares bloquearam as incidências solares de leste e oeste. O foco era a sustentabilidade e esta estratégia certamente contou muito. A face verde é recorrente no mundo todo, e este certamente não foi o elemento decisivo na escolha do projeto.
Ao Sr. Ernesto Playa:
Entendo seu espanto. Realmente, ainda, a proporção de bons exemplos de arquitetura ainda é baixa. Certamente ao ver um edifício que utiliza estrutura metálica, um térreo amplo e convidativo e, ainda por cima, vegetação na fachada, o senhor tenha tido, como primeiro impulso, classificá-lo como um objeto de plágio.
Bons princípios devem ser impulsionados. Fico feliz em saber que existem exemplos semelhantes ao nosso.
Todavia, pesquisei a respeito do prédio citado e fiz o que todo arquiteto ou crítico deve fazer: entendi sua planta, seu conceito, seu funcionamento. Arquitetura não é fachadismo, e por conseqüência, antes de insinuar algo, entenda as diferenças. Analise os dois prédios de forma não superficial.
E se não ficar obviamente claro ao senhor, lhe garanto: não se trata de cópia. De mais a mais meu amigo, este foi um dos maiores concursos públicos nacionais de arquitetura. E uma coisa é certa: imagem sem conteúdo não se sustentaria neste panorama de julgamento.
Atenciosamente, Arq. Jean Grivot
Caros colegas e foristas:
Sobre a fachada verde:
Como já dito no memorial descritivo deste projeto, temos uma visão muito clara sobre conceitos de sustentabilidade. Certamente vegetação requer manutenção, como qualquer jardim.
Obviamente temos que ter mecanismos (já expressos) que possibilitem esta manutenção de forma facilitada. Isto não é problema, asseguro.
Entretanto, sustentabilidade envolve mais do que tipos de revestimentos e materiais. Economia é fundamental em todos os processos. O custo de manutenção de fachadas verdes é considerável (mas não absurdo) e certamente maior do que de brises. Este é um dos motivos que provavelmente fará com que optemos pela opção das aletas móveis em detrimento ao verde.
Entretanto, na decorrência do concurso, consideramos um fator que classifico como “imagem da sustentabilidade”. O CREA-PR, com a promoção deste concurso, demonstra claro interesse em manter laços fortes e próximos com a cidade e seus habitantes. A imagem do verde, sob o ponto de vista do marketing benéfico é relevante e pode inclusive ser quantificada como investimento. Ora, falamos de um prédio de representatividade ímpar em sustentabilidade.
Existem, ainda, fatores relativos à percepção de nossos sentidos em relação ao verde, que tornariam os ambientes internos mais prazerosos aos usuários.
O fato é que proteção solar é sustentável, ora com brises, ora com vegetação.
Arq. Jean Grivot
O quinto colocado simplismente implantou o edifício de maneira errada… inverteu a orientação!
E olha que não foi que passou desapercebido pelo Juri, que salientou como se fosse um pequen defeito!
Inadimissível
As duas menções são ótimos projetos, com soluções muito melhores que do terceiro em diante.
Concursos brasileiros…
Curioso…
http://www.plataformaarquitectura.cl/2009/01/15/edificio-consorcio-sede-concepcion-enrique-browne/consorcioccp1/
não gostei do resultado …achei o segundo lugar uma proposta muito mais interessante. Não gosto dessa idéia de mato na fachada.
Arquitetura não merece manutenção? Por isso que temos edifícios de extrema qualidade nesse país. Pensamento pobre da arquitetura inicia com os arquitetos..
LEGAL MAS, VAI DAR UMA MANUTENÇÃO DAQUELAS…