Atualizado em 30.06.2010
Anunciamos, em março de 2010, o Concurso Público Nacional para escolha do Estudo Preliminar de Arquitetura e Urbanização para a Expansão do Museu do Meio Ambiente – MuMA, no Rio de Janeiro. O concurso foi promovido pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro / Ministério do Meio Ambiente e organizado pelo IAB-RJ. O objetivo do concurso foi a seleção de projetos de arquitetura para novos anexos do museu, além do tratamento urbanístico e paisagismo de seu entorno, em uma área de 8.600m2. O programa do projeto de arquitetura incluiu áreas para exposição, auditório e núcleo de apoio administrativo.
Dos 133 trabalhos entregues, 3 foram premiados e 8 foram destacados com menções. Veja aqui a Ata da Comissão Julgadora . O projeto vencedor é de autoria de André Luiz Prado e Bruno Santa Cecília, do escritório Arquitetos Associados, de Belo Horizonte.
Veja a seguir os premiados e menções:
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1º lugar – André Luiz Prado e Bruno Santa Cecília – Belo Horizonte
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2º lugar – Studio Paralelo e MAAM – Porto Alegre
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3º lugar – João Pedro Backheuser e Alfredo Britto – Rio de Janeiro
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MENÇÕES (em ordem da numeração do trabalho)
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Menção – Jose Augusto Fernandes Aly – SP
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Menção – Andre Lompreta – SP
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Menção – Martin Gonzalo Corullon – SP
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Menção – Jaime Marcondes Cupertino – SP
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Menção – Julio Beraldo Valente e Marcos Horacio Mendes – SP
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Menção – Luis Eduardo Loiola De Menezes – SP
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Menção – Vinicius Hernandes De Andrade – SP
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Agradecemos aos autores que disponibilizaram seus projetos para publicação.
Os projetos serão publicados à medida em que forem disponibilizados pelos seus autores.
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CARÍSSIMO FABIANO,
O IAB/RJ SE MANIFESTOU? DEU SINAL DE VIDA? ENVIOU ALGUMA RESPOSTA?
Realmente! Mais uma lambança by IAB! Uma palhaçada!
João Queiroz Krause
Arquiteto e Urbanista
Msc. Engenharia Civil / Estruturas / Materiais
Doutorando Eng. Civil / Estruturas / Materiais
Professor CBCTC PUC-Rio
Aos arquitetos que entraram com recursos, uma dica e um pedido: porque vocês não postam os recursos aqui também?
Queremos ter conhecimento desses cocumentos!
Mauricio Serpa França
Estudante de Arquitetura e Urbanismo 9ª perído
Foi um escândalo geral esse Concurso!
Me coloco no lugar das equipes que receberam tratamento desrespeitoso e me solidarizo com elas!
Também sou estudante, se fizeram com os arquitetos hoje, amanhã será conosco!
O texto do jornal O Globo, que não informou nada do que realmente está acontecendo, mais parece matéria paga!
Esculhambação total!!!
O que aconteceu, em qualquer lugar que queira ser civilizado, é digno de punição!
Entrem com uma ação e solicitação de justiça junto ao Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico/Ministério do Meio Ambiente também. Tem gente honrada e que trabalha em prol da democracia ocupando a presidência! Uma conquista de anos não pode ser manchada por essa atitude leviana!
Tomos somos iguais perante a lei!
Mauricio Serpa França
Estudante de Arquitetura e Urbanismo 9ª perído
Lendo a última postagem do Sr Fabiano Sobreira: mais uma vez, Parabéns a Editorial!
De qualquer forma é um absurdo que tenhamos que recorrer a esta editoria para que possamos ter acesso a tais documentos quando, por questões de direito, transparência e acesso a informação isso deveria ser do interesse da própria Comissão Organizadora.
Mais que interesse: uma OBRIGAÇÃO!
A Comissão e Instituição Organizadora tem que se sentir pressionada publicamente para cumprir seu dever?
Tem que haver um pedido especial para a publicação?
Isso só ratifica o que vem sendo discutido!
NOVAS ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS E MUDANÇA DE FOCO
Antes de ficar falando na promoção de novos Concursos, as Instituicões deveriam estar mais bem preparadas para organizá-los de maneira ética, com boa-fé, com transparência, com conhecimento técnico e com legalidade.
Qualquer profissional tem que estar preparado para exercer o seu ofício, seja ele qual for.
Conhecer as leis e saber aplicá-las atraves de boas soluções (dentro do respeito as condutas sociais e condicionantes legais que ordenam a cidade) fazem parte do exercício qualificado da boa arquitetura e do urbanismo.
Concordo com a arquiteta Paula Brasil, ‘tratamento respeitoso e em condições de igualdade para todos os concorrentes é o mínimo que se espera de quem quer se ajuizar no direito de promover ou organizar um Concurso Público Nacional.’
O patrimônio da minha cidade ‘chora’ pela maneira desrespeitosa como vem sendo desprezado!
Nós, arquitetos, lamentamos o que vem ocorrendo no processo de conclusão do julgamento do MUMA.
Esse Concurso foi uma oportunidade de discutir questões importantes… Mas diante do que ocorreu, essas questões estão ficando num plano secundário, já que o foco maior está colocado na conduta ética e na falta de competência para julgar e oferecer oportunidades iguais a todos os concorrentes.
Onde estão divulgados democraticamente os documentos que podem esclarecer essa ‘bagunça generalizada’ que tentamos chamar de Concurso? Onde estão os recursos? Onde estão as respostas? Até o Governo Federal já tem o PORTAL DA TRANSPARÊNCIA para DEMOCRATIZAR o ACESSO A INFORMAÇÃO no uso das verbas públicas.
E numa escala muito menor de complexidade… Será possível que uma Instituição não consegue postar uma documentação que está sendo solicitada desde que terminou o prazo para as respostas aos recursos?
Não consegue? Ou será que se nega a mostrar os fatos?
Depois ainda querem convencer a opinião pública que esse Concurso foi um marco na discussão da arquitetura ecológica; talvez esteja sendo um MARCO NA DISCUSSÃO DA ARQUITETURA ILÓGICA!! (pode ter acontecido um erro de digitação da arquiteta na hora de escrever a matéria, deve ser isso…)
O que todos temos discutido é: se fizeram com os colegas arquitetos agora, amanhã será com os estudantes e outros futuros arquitetos!
Mesmo sendo capaz de influir muito pouco, apoio integralmente as equipes e todos os profissionais que não foram tratados em condições de igualdade. Imagina se todos os arquitetos resolverem doravante descumprir o código de obras e todas as disposições legais no campo da arquitetura! Cada arquiteto criando os seus critérios individuais e aplicando-os independente das leis… Individualidade acima da coletividade, das questões sociais, questões patrimoniais e ambientais!!!
Todos gerando belas imagens e lindas montagens em 3D independentes da realidade, desconsiderando que existem pessoas, demandas reais e condutas de sociabilidade!!!! Todos exercitanto a criatividade em nome dos seus egos!!!!!!!!!
Que péssimo exemplo a Comissão Organizadora e Julgadora nos forneceu! Aos estudantes então, nem se fala!!!
De qualquer maneira, esse concurso parece estar nos deixando o seguinte legado:
1- Está sendo criado um novo dicionário para a arquitetura, onde a palavra criatividade e as boas soluções arquitetônicas significam exercer nossa profissão fora da legalidade. É isso que está sugerido nas entrelinhas de uma das respostas aos recursos*, como se fosse incompatível a criação de boas soluções arquitônicas dentro das demandas legais do Edital. Cumprir o disposto no Edital passou a ser antagônico com uma boa solução arquitetônica.
2- Dentro das nossas ATRIBUIÇÕES profissionais está sendo incluído mais um item que é o PODER IRRESTRITO DE LEGISLAR. Doravante os arquitetos podem revogar as leis também (e para isso bastará criar critérios próprios). Sim, porque isso foi o que aconteceu!
3- Podemos desconsiderar disposições legais e burlar, com jeitinho e amigos influentes a legislação patrimonial, ambiental, paisagística e urbanística da cidade. É uma nova prática, pois não é mais preciso prestar contas a ninguém. A Comissão escolhe primeiro e depois vamos ver o Edital. Isso é um ABSURDO TOTAL!!!
E se tivermos duas páginas inteiras de um veículo de comunicação de massa, como o jornal O Globo, podemos até (re)inventar a História da Arquitetura no Brasil!!! Criar novos signicados para palavras como marco, por exemplo, e finalmente podemos repetir isso de maneira tão persuasiva e desesperada que até poderá um dia parecer verdade, desviando o foco das questões mais latentes e criando mais um factóide para leigos!
Para organizar um Concurso da maneira como este vem sendo conduzido, seria mais HONESTO e menos dispendioso aos cofres públicos (e consequentemente ao povo brasileiro) a contratação direta de um escritório.
Quem organiza o Concurso ganha promoção e dinheiro, além de espaço nas páginas de jornal. Mas esse ganho acontecer as custas de provocar falsas ilusões e expectativas numa grande massa de profissionais, não é correto!
Danilo Saccomori
Arquiteto e Urbanista RJ
* A única resposta que pude ter acesso (atraves de amigos), mas pelo que já soube por concorrentes que conhecem todos os recursos, é a mesma resposta para todos as diferentes colocacões e perguntas.
** Aos Editores deste site parabéns! Ser democrático é abrir espaços para todos igualmente, como vem sendo feito aqui. Sem distinções
Prezados leitores e colaboradores,
Como parte da política editorial do portal concursosdeprojeto.org, informamos que todos os comentários enviados pelos leitores, independente do ponto de vista, são publicados. Por outro lado, a fim de preservar a qualidade e a ética do debate, não publicamos comentários não identificados,com endereços eletrônicos inválidos, com expressões agressivas, ofensas pessoais ou cujo conteúdo não tenha relação com o tema em discussão.
Diante da quantidade e do conteúdo dos comentários relativos ao Concurso do MuMA-RJ, enviamos mensagem ao IAB-RJ para informar a instituição sobre os questionamentos e o debate que está ocorrendo neste portal e colocamos este espaço à disposição da instituição para manifestações sobre o assunto. Ainda aguardamos uma resposta da instituição.
Não analisamos os projetos, nem o edital, e não cabe a esta editoria, neste espaço, julgar a pertinência ou não das críticas apresentadas ao concurso. Por outro lado, a iniciativa de diversos leitores em debater o assunto, de forma ética e impessoal, é apoiada e estimulada por esta editoria.
Quanto à abertura de novas postagens sobre o tema, julgamos que no momento os comentários e textos devem se concentrar neste espaço, por questão de continuidade e praticidade. Caso haja uma resposta oficial do IAB-RJ, publicaremos em uma nova postagem, que também será aberta a comentários.
Agradecemos pela visita e participação.
À disposição para eventuais esclarecimentos.
Fabiano Sobreira
editor
Rafael e Paula (e a quem mais interessar), seria muito bom se todos os que enviaram recursos pudessem expor seus recursos e as respostas dada pelo IAB! Assim teríamos uma noção clara do que foi solicitado pelos concorrentes e se o IAB conseguiu dar respostas convincentes… O que acham? No site do concurso diz que foram enviados 5 ou 6 recursos. Será que estas pessoas tem acompanhado este debate? Não deve ser muito difícil encontrá-las. E se não encontrarmos essas pessoas, será que alguém do Rio não poderia pegar este material na secretaria do IAB?
Eu gostaria de fazer uma pergunta (ou sugestão) ao sr. FABIANO SOBREIRA, editor deste blog: você provavelmente está acompanhando este debate e tem visto que a coisa é séria. Sei que sua postura deve ser imparcial, mas qual a possibilidade de dispor um espaço no seu blog para postagem de textos, como os recursos e as respostas do IAB? Sei que as pessoas poderiam escrever aqui mesmo nesse espaço, mas acho que ficaria um pouco confusa a leitura do material. Desculpe se estou dando muito palpite, mas é apenas uma ideia para que todos possam sair da fase de indignação e passem para a de AÇÃO! Acredito que o primeiro passo seja este, tornar esse material acessível a todos, da forma mais prática possível! Seu blog é bastante conhecido, é referência em termos de divulgação e debate sobre Concursos no Brasil, então acho que você poderia ajudar.
(e baseado no texto de Paula, você poderia abrir uma nova postagem com o título “MUSEU DO MEIO AMBIENTE VIRA UM MARCO NA DISCUSSÃO SOBRE ARBITRARIEDADES, AO DESRESPEITO AS LEIS NOS CONCURSOS PÚBLICOS ORGANIZADOS NO IAB RJ E AO PATRIMÔNIO DA CIDADE DO RJ” e colocar todo esse debate e outros materiais lá! ok ok, não dou mais palpites por hoje… rs)
Paula, vc disse que conhece pessoas que tem buscado soluções “eficazes”. O que isso quer dizer exatamente?
Infelizmente, não é de hoje que concursos publicos de projetos terminam com resultados que frustram a categoria dos arquitetos, de uma maneira geral. São concursos que premiam quem não respeita as regras do Edital, ou que premiam ex-alunos de integrantes da Comissão Julgadora, bons ex-alunos, que seguem a mesma linha projetual de seus mestres, ou ainda concursos cuja a obra premiada não é executada.
É muito triste e preocupante verificar que uma modalidade de licitação que serve para equalizar as chances dos participantes, venha sendo rotineiramente aplicada com vícios e eivada de suspeitas. Espero que as críticas sobre esse concurso não se limitem aos nossos comentários e que os participantes que se sintam prejudicados façam valer suas contestações pelas vias legais.
É imensurável a decepção ao constatar o descaso do IAB-RJ para com o Patrimônio, a sociedade brasileira e seus recursos públicos.
Realmente, falta-me imaginação para compreender o paradoxo do não cumprimento pela Comissão Julgadora e Organizadora do próprio Edital para o Concurso Público Nacional para o Museu do Meio Ambiente, a ser sediado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Será que é complexa a compreensão e reflexão sobre os valores e significados dessas palavras?!
Ao invés de debates produtivos (sobre arquitetura, urbanismo, patrimônio, sociedade, cultura, meio ambiente e por aí vai), somos obrigados a desviar o foco e as forças para a lamentável conduta da Comissão Julgadora de um concurso desta categoria, porte e visibilidade.
É com muito pesar que concluo a impossibilidade de confiar na atual direção do IAB-RJ, para continuar representando com ética e idoneidade a profissão tão bela e essencial que escolhemos para nossas vidas.
É necessária a denúncia ao Ministério Público Federal – como já sugerido pela colega Selênia Pires – para cumprimento do dever de cidadão, reivindicando a correta aplicação de recursos da União e a preservação do Patrimônio Cultural.
Erika Machado
Arquiteta e Urbanista
MATÉRIA EM JORNAL +
ADEQUAÇÃO AOS FATOS + INFORMAÇÃO DOCUMENTADA
Cara Selênia, obrigada pela consideração e palavras de apoio a todos nós, arquitetos, estudantes e cidadãos do Rio de Janeiro.
Ao estudante Rafael, parabéns pela coragem e honradez de carater.
Respondendo a indagação: Arquiteta Selênia, quanto ao edifício projetado em bloco único, SIM, é verdade!!! Foi projetado e premiado!!!!
Definitivamente a arbitrariedade foi notória e a Comissão Julgadora, amparada pela Coordenação do Concurso, AGIU COMO SE ESTIVESSE JULGANDO/ESCOLHENDO UM PROJETO PARA O QUINTAL DE SUAS CASAS, adotando critérios próprios e individuais.
Nós, o povo do Rio de Janeiro fomos lesados e isso não ficará impune, pode escrever. Conheço pessoas honradas e competentes que participaram do Concurso e que têm demonstrado, com ações mais eficazes, do ponto de vista legal, o interesse em colocar um ponto final nessa incompetência arbitrária e injusta que foi o Concurso do MuMA.
Li hoje uma matéria no jornal que se intitulava “Ambiente em construção – Concurso para a a expansão do Museu do Meio Ambiente no Jardim Botânico vira um marco na discussão sobre a arquitetura ecológica no Brasil”, parece-me que quem a escreveu ainda não esta completamente ciente do que está acontecendo ou, o que é mais provável, seja alguma arquiteta-jornalista muito amiga da Instituição. Que “marco” é esse?
A matéria deveria se chamar “Concurso para a a expansão do Museu do Meio Ambiente no Jardim Botânico VIRA UM MARCO NA DISCUSSÃO SOBRE ARBITRARIEDADES, AO DESRESPEITO AS LEIS NOS CONCURSOS PÚBLICOS ORGANIZADOS NO IAB RJ E AO PATRIMÔNIO DA CIDADE RJ”, pois isso sim é que está mobilizando a nossa categoria profissional no momento.
Antes de discutirmos questões sobre a sustentabilidade e atitudes ecológicas neste Concurso, temos que discutir os aspectos que foram levados em consideração, suas condicionantes projetuais e acima de tudo, o exemplo que foi transmitido pelas arbitrariedades cometidas. Foram premiados projetos que nem atenderam as demandas do próprio Instituto de Pesquisas do J. Botânico.
Como é que as questões de sustentabilidade puderam ser discutidas de maneira técnica e democrática entre as equipes, se não houve condições de igualdade na participação das equipes?????????????
As regras foram desconsideradas e foram instituidos novos critérios no ato do julgamento.
Seria ótimo estarmos aqui e agora discutindo sobre a necessidade de preservação do meio ambiente, a utilização de recursos e atitudes sustentáveis e ecológicas no fazer arquitetônico; mas há algo muito grave e que está mobilizando mais os arquitetos nesse momento. O nosso direito de cidadania foi desconsiderado; o nosso patrimônio público foi lesado quando não foram cumpridas as questões legais colocadas pelo Edital e pelos orgãos que regulam o meio ambiente e o patrimônio da cidade.
Não sei se há obrigatoriedade do Ministério fazer ou não um Concurso Público Nacional para a construção do Museu, mas sei que: HAVENDO SIDO INSTITUIDO O CONCURSO PÚBLICO, HÁ QUE SE CUMPRIR A LEI E O EDITAL. A Comissão julgadora o desconsiderou e isso nem ela mesma consegue negar, pois além de estar provado através dos projetos, está escrito numa das atas.
Se o Ministério do Meio Ambiente decidir pela anulação do Concurso e quiser chamar um escritório e isso estiver amparado pela lei, que assim seja. O que não pode acontecer é a desfaçatez que está ocorrendo.
Fingir que houve a organização de um Concurso Público Nacional que promoveu a igualdade na participação das equipes e brincar de ser democrático não é correto! A Instituição organizadora errou de maneira consciente e não quer voltar atrás.
O IAB RJ tira proveito político para dizer que organizou um Concurso e que promoveu mais uma vez uma atividade boa para a nossa categoria profissional. Isso não é verdade. Os fatos estão aí de maneira evidente: descumprimento ao Edital, aos Termos de Referência e PREMIAÇÃO DE PROJETOS QUE NÃO CUMPRIRAM O REFERIDO EDITAL….. consequentemente NÃO HOUVE CONDIÇÕES DE IGUALDADE ENTRE TODAS AS EQUIPES E FICAMOS PREJUDICADOS NO NOSSO DIREITO CONSTITUCIONAL.
Espero que o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico também se interesse pelo assunto e procure averiguar os fatos. Refiro-me aos fatos e não apenas aos comentários superficiais e a matéria parcial que foi escrita ontem.
Ainda sobre a matéria, quanto ao IPHAN ter solicitado ao primeiro premiado os reajustes, parece um absurdo que a lógica adotada seja: A Comissão PREMIA QUEM QUER e DEPOIS o projeto é REAJUSTADO à legislacão e exigências do próprio Edital!!!!
Se não cumpriu o Edital, nem deveria chegar a ser julgado; quanto mais premiado!!!
Parece que está havendo uma inversão clara nos valores!!!! Que arbitrariedade injustificável!!!!
Não precisa ser arquiteto para saber disso, nem jornalista. Mas seria interessante que alguém q se disponha a escrever num jornal do alcance do O GLOBO, possa antes de escrever se informar melhor. Será que a arquiteta-jornalista leu o Edital? Será que ela leu os termos de referência e as respostas fornecidas aos concorrentes no sentido de fazer cumprir o que estava escrito no Edital? Será que ela procurou saber que além das atas, houve recursos e os leu? Será que ela leu as respostas? Será que ela entende que, antes de sermos arquitetos somos cidadãos? Ou simplesmente foi entrevistar a Diretoria e Comissão Julgadora do IAB RJ? É obvio que ao IAB essas questões não vão interessar. Como pode escrever que esse Concurso está sendo um marco nas questões sobre arquitetura ecológica?
Eu não tenho dinheiro para colocar uma matéria paga num jornal e também não tenho amigos influentes como jornalistas que possam se interessar idoneamente sobre esse caso e fazer vir a público os recursos, as cartas e as respostas da Comissão Julgadora. Não conheço advogados influentes que possam se valer da justiça para ANULAR essa bagunça geral que foi o Concurso.
Mas acredito na justiça. Ainda deve haver alguma autoridade pública que se ampare nos preceitos morais e na transparência dos atos públicos, capaz de se interessar em por um ponto final nessas arbitrariedades.
Será que a senhora, que escreveu a matéria, investigou o motivo da insatisfação entre os arquitetos e o descumprimento do Edital e das Leis?
UMA MATÉRIA ESCRITA NO JORNAL NÃO SUBSTITUI OS FATOS. E os fatos são eloquentes e bem mais complexos dos que os descritos na matéria de hoje; sinto muito senhora arquiteta-jornalista, mas o desrespeito foi tão grande que o que marca e mobiliza a nossa categoria profissional nesse momento é o clamor pela justiça e direito de cidadania. Fomos lesados no nosso direito constitucional, e queremos fazer valer que ‘somos todos iguais perante a Lei’!
Quem é essa comissão julgadora para passar por cima de tds nós?
Se esse Concurso for anulado e o Ministério do Meio Ambiente decidir contratar um escritório e isso estiver amparado pela lei, que assim seja! O que não está correto é uma Instituição como o IAB decidir, atraves da sua Comissão Julgadora, arbitrar e criar critérios próprios fora do que está disposto no Edital.
Se hoje são 200 equipes desrespeitadas, amanhã poderá ser qualquer um de nós. Coloque-se por alguns instantes no lugar de um dos arquitetos que empenhou seu conhecimento, competência técnica e criatividade durante meses, gastando dinheiro e levando o Edital e os Termos de referência em consideração ….e no momento da apresentação das atas, descobre que foram adotados critérios próprios (posteriormente) e que o Edital poderia ser desconsiderado.
Isso é de uma injustiça BRUTAL!!!! É leviano! É desleal e também é ilegal!
Essas equipes pagaram para se increver no concurso e receber a documentação. Esas equipes empenharam tempo, trabalho e suor para encontrar soluções qualificadas dentro das condicionantes e do Edital. essas equipes pagaram para plotar todo o material dentro do padrão proposto. Pagaram e foram lesadas no seu direito. Se coloque no lugar dos componentes das equipes.
Tente fazer essa troca só por alguns instantes e ser justa, independente de qualquer amizade e vínculos que porventura a senhora possa ter, ou não com a Instituição.
Justiça ñ pode ser apenas cobrada das autoridades em alto escalão, construímos no noso cotidiano, com ações (e não apenas palavras) …….apoiar essas equipes lesadas e demonstrar nosso repúdio aos procedimentos dessa Comissão Organizadora e Julgadora é um ato de justiça e cidadania!
Tente se informar melhor atraves dos fatos e leitura minuciosa dos documentos originais e reveja seu conceito de marco!
O que aconteceu foi tão grave, que é um caso para ser levado até a uma Comissão de Ética do nosso Conselho de classe!!!
Por favor, senhora arquiteta-jornalista faça o exercício da inversão por alguns instantes e reveja seu conceito….. afinal, a senhora que tem o poder de escrever para um veículo de comunicação de massa de tão grande alcance, também deveria ter o dever de se informar melhor.
Obs1: Os Concursos futuros citados na matéria jornalística, de nada adiantarão caso a atuação da Organização do Concurso seja do porte da mesma lástima que o do MuMA. Não é com arbitrariedade e demagogia que se garante arquitetura qualificada. É mais honesto contratar em escritório para desenvolver um projeto que “simular” o julgamento de um Concurso Público Nacional, dando a entender que tudo transcorrreu na legalidade e com bom senso quando, na verdade, o que houve foi uma brutal injustiça já que, NÃO SENDO CUMPRIDO E EDITAL, NÃO HOUVE CONDIÇÕES DE IGUALDADE PERANTE TODOS OS CONCORRENTES!!!! AS REGRAS E CONDIÇÕES LEGAIS NÃO FORAM APLICADAS PARA TODOS OS CONCORRENTES!!!
Qual o real objetivo da matéria?
Demonstrar que o Concurso trancorreu as mil maravilhas e dentro da legalidade e qualidade projetual? Isso é seguramente uma inverdade.
Convencer aos leitores que o Concurso citado foi um marco na discussão da arquitetura ecológica? O que esse Concurso marcou foi outra coisa.
Discutir a pseudo-euforia arquitetônica quanto aos futuros Concursos, quando o Concurso do MuMA transcorreu numa desagradável FALTA DE de critérios justos e EQUIDADE social? Concursos que doravante possam ser organizados pela mesma Instituição serão objeto de muita preocupação p nós, arquitetos.
Se os objetivos foram esses, a matéria não convenceu, pois não chegou aos fatos.
Paula Brasil
Uma última observação, aos Editores desse Portal, PARABÉNS pela maneira ÉTICA E IMPARCIAL na conduta do site. O Espaço desse Portal aberto aos arquitetos, estudantes e Instituições SEM DISTINÇÕES é uma atitude bonita e democrática que deveria servir de EXEMPLO a muitas Instutuições e orgãos que se dizem representar nossa categoria profissional. A conduta de vcs é impecável.
Isso sim é um tratamento respeitoso dando condições de igualdade a todos e sem privilégios.
Paula Brasil
MAIS VERBAS PÚBLICAS PARA ARBITRARIEDADES?
CONCURSOS PARA QUEM?
EDITAIS PARA QUEM?
ESCOLHER PRIMEIRO E DEPOIS REAJUSTAR?
É JUSTO?
Primeiramente à Selênia, obrigado pelo apoio e pelas palavras carinhosas.
Concordo que a Comissão Julgadora do IAB RJ não irá se interessar em discutir e voltar atrás nas suas ações. O orgulho jamais permitirá que esses arquitetos admitam publicamente o erro; mas há uma questão clara e evidente: os projetos e uma das atas são suficientes para provar isso.
Mesmo que eles ñ venham a público discutir tais questões, há uma questão de tamanha importância que é a ética.
O que eu estou estranahando muito, muito mesmo, é o fato de NENHUM Conselheiro ou Diretor do IAB RJ dar importância as injustiças e arbitrariedades cometidas. SERÁ que TODOS DEPENDEM do IAB? Será que todos têm MEDO de DESAGRADAR a atual gestão? Todos??? Será que todos ficam a espera de um pedaço do bolo? Isso é uma questão que estávamos conversando noutro dia, entre amigos…….
Li uma matéria no O Globo que falava sobre “o concurso teve o mérito de ser um marco na discussão do que se refere à questão ambiental nas construções do Rio de Janeiro”…. isso só pode ser uma brincadeira e de mal gosto. Prefiro acreditar q quem escreveu esse absurdo seja uma pessoa pouco informada. O grande mérito desse concurso até agora foi a escolha e premiação arbitrária de um projeto para ser reajustado as reais necessidades dos clientes e condições legais APÓS A PREMIAÇÃO!!!!
A melhor solução arquitetônica é capaz de unir criatividade, critérios técnicos e legais. Quem sabe fazer faz no momento solicitado; não é justo o que aconteceu, repito!
A Comissão premiou quem não cumpriu as questões legais do Edital e agora vão reajustar, adequar, dar um JEITINHO para que o PROJETO SE ACOMODE AO EDITAL. Que ridículo isso!
Na mesma matéria, a arquiteta fala sobre “notícias positivas” quanto aos futuros concursos para a cidade. Para quem depende do IAB RJ e se sente representado por essa Instituição: ótimo! Mas sejamos realistas, o fato de haver Concurso não é garantia de qualidade. O fato de haver Concurso só pode ser considerado uma notícia positiva se houver garantia que esses Concursos se façam DENTRO DE CONDIÇÕES DE IGUALDADE para todas as equipes e isso só será garantido SE AS REGRAS FOREM AS MESMAS PARA TODOS.
O IAB RJ demonstrou no Concurso do MuMA que não foi capaz de atuar com a equidade desejada para tal.
Antes de falarem em futuros Concursos deveriam consertar e rever as atitudes arbitrárias que tomaram no Concurso do MuMA.
Uma Instituição que convide essas mesmas pessoas para organizar um Concurso não pode ser digna de confiança.
Para quem depende e sempre dependeu do IAB RJ, está explicado o motivo da sua OMISSÃO…. afinal, temos mais Concursos, mais dinheiro público para se gastar e pagar as Comissões Organizadoras.
Ao invés de postar as fotos das modelagens na página inteira do jornal, deveriam estar postados os documentos oficiais (recursos e resposrtas) e os desenhos que demonstraram claramente o desrespeito ao Edital; seria mais digno, já que vários projetos não cumpriram o Edital, mas isso parece não ter sido alvo de importância na matéria.
As modelagens são muito bonitinhas mas não revelam nada q possa interessar, muito menos as tão faladas questões que são o “marco” da arquitetura ecológica. Além disso, mostrar uma foto bela que em nada se relacione ao solicitado legalmente ao Edital mais parece coletânea de álbum de figurinhas ou uma maneira de tentar persuadir o leitor atraves de desenhos sedutores.
Mais respeito e menos menosprezo com a inteligência dos leitores, por favor!
Até eu que sou estudante sou capaz de perceber que essa página inteira com suas legendas q dizem praticamente “nada” não são capazes de esclarecer o que realmente está por detrás das questões desse Concurso.
Diante de todo o mal estar provocado pelas leviandades no julgamento, essa matéria mais parece uma tentativa de desviar o foco do que realmente está acontecendo entre os arquitetos brasileiros que não fazem parte da cúpula da Instituição organizadora.
E outra coisa, marco? “marco na discussão da arquitetura ecológica no Brasil”? O marco desse Concurso lamentavelmente foi outro!!!
Basta ler a matéria….. Menos, menos…….
Rafael Leoncio
Apenas complementando: hoje percebi que uma das Menções propôs um volume único – uma TORRE DE QUASE 10 PAVIMENTOS!- numa área que não correspondia a nenhuma das duas áreas de projeto definidas no Edital! É isso mesmo ou entendi errado???
Se entendi certo, EU CLAMO A TODOS QUE FAÇAM ALGUMA COISA! VOCÊS INVESTIRAM TEMPO E DINHEIRO NESTE CONCURSO, VOCÊS PAGARAM R$150,00 DE INSCRIÇÃO, ENTÃO EXIGE-SE NO MÍNIMO RESPEITO AOS PARTICIPANTES! Ainda que este concorrente houvesse psicografado um projeto de Le Corbusier (ou “arquitetografado”, como queiram) ele deveria ter sido imediatamente desclassificado! Aliás, O JÚRI DEVERIA TER SIDO DESCLASSIFICADO!
Caros arquitetos Eduardo, Canagé, Paula e o futuro arquiteto Rafael
Divido com vocês toda esta indignação. Porém, insisto no que afirmei anteriormente: discussões em blogs podem ser interessantes e proveitosas, mas não surtirão efeito algum enquanto o caso não for levado a outras instâncias, por isso digo que é fundamental a denúncia ao MINISTÉRIO PÚBLICO! Não participei do Concurso e nem sou do Rio de Janeiro, mas se eu houvesse pelo menos participado, já teria acionado advogados, promotores, Deus e o Mundo para anular este Concurso!
Vocês acham que a Coordenação do Concurso ou os jurados estão lendo estes comentários? Vocês acham que eles realmente vão admitir o próprio erro e gerar transtornos para eles mesmos? Eles retomaram suas vidas tranquilamente, continuam desenvolvendo seus projetos e provavelmente em breve serão chamados para julgar outros Concursos. Mas, repito, no dia em que o MINISTÉRIO PÚBLICO bater na porta do IAB, aí eles vão aprender o que significa um Edital, um Termo de Referência, e vão começar a julgar projetos com seriedade, e não somente levados por excitações estéticas e conceituais. Aliás, já se passou mais de 1 mês desde o fim da exposição dos trabalhos no IAB e até agora nada foi publicado no site do Concurso! Vi os projetos premiados aqui, neste blog.
Ah, note-se que o prezado Hector Vigliecca (arquiteto que admiro bastante), fez parte do júri do MUMA, e recentemente recebeu a primeira colocação no Concurso do Largo do Mercado de Florianópolis. Parabéns, Hector. Continue PARTICIPANDO de Concursos (em vez de julgá-los).
Futuro arquiteto Rafael: Exponha essa desfaçatez arquitetônica aos seus colegas e professores. Debata, questione, nunca se cale. A mudança começa em vocês, na base!
Aos já formados: DENUNCIEM DE FORMA EFICAZ! VOCÊS POSSUEM A RAZÃO! O TEMPO ESTÁ PASSANDO, NÃO DEIXEM A COISA ESFRIAR!!!
Sou estudante de arquitetura e gostaria, antes de mais nada, de parabenizar os Editores deste site pela maneira como vêm conduzindo de forma ética e transparente esse Portal. Na atualidade, o principal instrumento de divulgação e reflexão sobre concursos públicos.
Em segundo lugar, quero manifestar meu repúdio a Instituição Organizadora do Concurso para expansão do MuMA. É uma vergonha para um estudante de arquitetura e urbanismo, ter um Instituto que se diz representar uma categoria profissional, tratar com tanto descaso seus sócios (profissionais ou estudantes) e a arquitetura da cidade.
Como já foi dito acima, um projeto desse porte (Concurso Público Nacional) não é um simples exercício acadêmico. É um trabalho profissional que está amparado por questões legais e éticas.
A criatividade arquitetônica e a qualidade das soluções adotadas no desenvolvimento de um projeto passam pela adoção de valores sociais, técnicos, estéticos, éticos e morais. Fazer boa arquitetura, significa compatibilizar esses valores dentro de padrões legais tbm, porque não?
Não entendo como a Comissão Julgadora pode passar por cima do Edital, da Lei de Licitações e da Legislação vigente para privilegiar algumas equipes que descumpriram o Edital, em detrimento de outras.
Que mal exemplo para nós, estudantes. Será que há algum docente entre os jurados? Imagino como ele deve estar se sentindo mal ao encarar o corpo de alunos e seus colegas na universidade…. QUE FALTA DE DIGNIDADE!!! QUE ATITUDE VERGONHOSA!
Rafael Leoncio
JUSTIÇA + PATRIMÔNIO DA CIDADE
É lamentável, mas mais uma vez um concurso público organizado pelo IAB RJ está envolvido num emaranhado de problemas e irregularidades quanto ao seu julgamento e falta de transparência nas suas atuações. Além dos recursos interpostos não terem sido divulgados, a insatisfação entre os arquitetos parece ser geral. Entre os projetos premiados pela Comissão Julgadora, vários descumpriram o edital e a legislacão. Considero isso uma irregularidade grave!
O edital foi descumprido e isso é fato, não há como negar. O princípio da igualdade entre tosdos os concorrentes não foi cumprido. A informação e a transparência no uso das verbas públicas não está sendo objeto de importância para os membros da Comissão Julgadora do IAB RJ.
O IAB RJ se nega a cumprir os parâmetros legais, não postando no site oficial os recursos e as suas respectivas respostas, impedindo q todos possam analisar os parâmetros adotados pela comissão julgadora.
Enviei uma carta solicitando a postagem dos documentos no site, mas não obtive resposta alguma. Total desconsideração.
Agravando toda essa questão, lembremos que esse é um Concurso Público Nacional e que nem todos podem se deslocar dos seus Estados e Cidades para solicitar a documentação devida na secretaria do IAB RJ.
Além do desrespeito a todas as equipes, há o desrespeito com o patrimônio natural e edificado da nossa cidade. Será que a Comissão Julgadora se acha acima da lei?
Estamos falando de verbas públicas, pois o dinheiro pago ao IAB para organizar esse Concurso foi dinheiro público. Esse Concurso foi um absurdo em todos os sentidos! Uma vergonha para a nossa categoria profissional. Vários projetos que estavam na exposição (inclusive os premiados), não atenderam ao Edital.
A decisão de não cumprir o Edital cabe a cada equipe, mas o julgamento ético e qualificado dos projetos, dentro da legalidade, cabe a Comissão Julgadora. Será que a Comissão tinha prévio conhecimento do Edital e dos Termos de Referência? Será que eles conhecem a Lei nº 8666/93? Ou será que eles realmente se acham acima da Lei? As irregularidades foram tão eloquentes que parece um corpo de jurado amador e/ou desqualificado (uso esse termo p’ra ser elegante, pois o que penso é algo pior).
Acredito que a única saída menos vergonhosa para o Instituto de Arquitetos do Brasil do RJ seria assumir as irregularidades e anunciar a anulação do Concurso!
No mais, espero que algum concorrente tenha coragem de levar essas questões ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas da União, pois não é possível que tal situação continue a ficar impune e perdure. Num momento em que todos clamam pela ética e transparência, será que a própria entidade promotora do concurso está ciente desse desrespeito com o patrimônio público? (Desrespeito em vários sentidos)
Será que o Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico está sabendo das irregularidades?
Definitivamente, a atuação da Comissão Organizadora e Comissão Julgadora do Concurso do MuMA, organizado pelo IAB RJ foi vergonhosa!
Sugiro que a Instituição Promotora do Concurso possa averiguar os fatos atraves das suas documentações originais. O IAB RJ não está acima da Lei e essa situação não pode continuar.
Paula Brasil
Arquiteta e Urbanista
CONCURSO DO MUMA
A realização de concurso público, pela administração pública, para contratação de projeto básico de arquitetura destinado a execução de obra pública é uma antiga conquista da categoria profissional dos arquitetos e urbanistas, desde a Lei 5.194/66, artigo 83.
Não é mais possível contratar este tipo de serviço através de concorrência de preços, ou outra modalidade qualquer de licitação que não seja o concurso público.
A Lei de Licitações consagrou esta determinação daquela lei de fiscalização do exercício profissional da engenharia e arquitetura no Brasil.
Infelizmente esta determinação legal não é respeitada no Brasil, devida à omissão das entidades que deveriam ser de defesa da nossa profissão, que se fazem representar no CREA-RJ, principalmente quando se trata da atuação de profissionais estrangeiros no país.
Haja vista a contratação de Calatrava, Portzampac e outros, flagrantemente ilegais. Mas isto é discussão para outro momento.
A Lei de Licitações nº 8666/93, criou regras que não se pode deixar de considerar na execução de concursos publico, sob pena de anulação quando não respeitadas.
Entre estas regras de licitações estão implícitos os princípios constitucionais da legalidade, moralidade e publicidade que devem nortear os atos da administração pública.
Qualquer instituição da sociedade civil quando conveniada com a administração pública deverá atuar em conformidade com estas normas legais.
Ao que tudo indica não é o que está sendo observado pela Comissão Julgadora representante do IAB-RJ, responsável pela elaboração do concurso público que escolheu o projeto básico de arquitetura para a Expansão do Museu do Meio Ambiente do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do RJ.
Há diversos recursos questionando a legalidade dos procedimentos adotados pela Comissão Julgadora, cujos textos o IAB-RJ está se negando a publicar no seu site (e no site oficial do concurso), como deveria ser em obediência ao principio da publicidade, respeito ao direito de informação e à transparência no uso dos recursos públicos.
Esta divulgação é importante para que todos os profissionais, associados ou não, estudantes e toda a sociedade, possam analisar os procedimentos adotados pela Comissão Julgadora, que devem estar em conformidade com a Lei 8666/93, pois se trata de interesse difuso como matéria de administração pública que é. Afinal esse foi um Concurso Público Nacional.
Esta divulgação é importante, também, para o debate público sobre a produção da arquitetura no nosso país e, principalmente, para o fortalecimento da ética na administração pública que nossa cidadania tanto reclama.
Na qualidade de sócio remido do IAB-RJ, solicito que a sua direção, cumpra com o preceito constitucional da publicidade, divulgando o texto dos recursos e das suas respostas, para que não paire nenhuma dúvida a respeito da correção, da moralidade, da imparcialidade, da ética e da legalidade dos procedimentos adotados no julgamento deste concurso.
Canagé Vilhena da Silva.
O que me assusta no desenrolar dos acontecimentos que circunscrevem a realização do Concurso Público Nacional para a Expansão do Museu do Meio Ambiente no Jardim Botânico (MuMA) no Rio de Janeiro são as contradições entre o Edital, os Termos de Referência e o comportamento da Coordenação do Concurso (arq. Henrique Barandier) designado pela instituição organizadora (IAB-RJ) e a imperial Comissão Julgadora designada por essa mesma instituição.
Em primeiro lugar no meu rol de perplexidades está o conhecimento de que dois membros dessa comissão fazem parte diretamente da direção do IAB (vice-presidência), estando portanto em condições de acesso a toda e qualquer informação privilegiada sobre as equipes participantes do concurso em questão, o que me parece irregular e inadequado, por princípio.
Em segundo lugar, analisando o edital do concurso e o conjunto de respostas oferecidas pela Coordenação do Concurso às consultas das equipes participantes, nota-se que, primeiramente, é uma exigência expressa do edital (e da Lei que o regulamenta) a estrita obediência a todas as suas ordenações e, secundariamente, todas as respostas oferecidas pela coordenação do concurso mantêm enfaticamente essa obrigatoriedade. Por essas razões, amplia-se a minha perplexidade ao constatar que o corpo de jurados da instituição organizadora, imperialmente, tenha, a contra-pelo do edital, dos termos de referência e das Leis de Licitação (Lei nº 8666/93), premiado projetos que os desconsideravam.
Se os editais, elaborados, no meu entendimento, para criar oportunidades iguais para todos os participantes, é desrespeitado por equipes concorrentes, não é justo, em nome da ética, da democracia e da legalidade, que seus projetos (independentemente de suas supostas qualidades arquitetônicas) sejam premiados pelo corpo de jurados designados pela instituição organizadora. Ou então, porque publicar editais?
O descumprimento ao edital é uma irregularidade grave e abre um precedente muito perigoso na condução legal e ética da organização de concursos por parte da referida instituição. O desrespeito ao edital, é um desrespeito a todas as equipes e ao próprio patrimônio público da nossa cidade.
Outro motivo de perplexidade é a falta de transparência da instituição organizadora (IAB-RJ), ao deixar de publicar os recursos de contestação dos resultados, juntamente com as respectivas respostas, na página oficial do Concurso, como quer a lei. No site oficial do Concurso existe uma nota informando que os recursos estão a disposição na secretaria do IAB. Dessa forma, sendo esse um Concurso Público Nacional, ficam prejudicadas todas as equipes e os interessados no acompanhamento do referido Concurso, que moram fora da Cidade ou do Estado do RJ.
Disponibilizar esses documentos não é uma questão de favor, é um dever. Fica no ar uma questão: quais seriam os motivos de omitir exatamente essa documentação?
Somadas todas essas perplexidades, resta a a pergunta: será que a instituição organizadora (IAB RJ) deve continuar a organizar, eticamente e com competência, concursos com essa importância?
Eduardo Mendes de Vasconcellos
Recebemos dos autores o material referente a 4 projetos destacados com menção honrosa, que estão em processo de edição e que serão em breve publicados (provavelmente até o final desta semana).
Fabiano Sobreira
editor
concursosdeprojeto.org
quando serão publicadas as menções honrosas?
Concordo inteiramente que o edital foi desrespeitado, no seu mais alto grau, e o colega Celso, em seuu post, foi mais do que direto e certiro na questão. Se um edital e o seutermo de referência são lançados para que seja feito um concurso público de arquitetura, que ele seja seguido! Ponto! Se as regras foram estabelecidas, que sejam seguidas. Concurso público é investimento, seja de quem participa, seja de quem o “patrocina”, então devem ter regras que DEVEM ser seguidas.
Pois é, Erick, sei que é muito difícil anularem o resultado do Concurso, por isso somente o MINISTÉRIO PÚBLICO conseguiria pôr ordem nisso!
O Júri dificilmente (para não dizer “impossivelmente”) admitiria o próprio erro; desclassificar os premiados (que descumpriram o Edital) seria o mesmo que assumir a total falta de conhecimento das Bases do Concurso. Consultei alguns amigos Advogados e Procuradores, e todos me perguntavam, boquiabertos: “Esse Concurso é sério?!”
Não sou do Estado do Rio nem participei do Concurso, por isso não pretendo acionar a Justiça. Mas aos arquitetos que participaram e que não desejam se submeter a esta arbitrariedade, digo-lhes que denunciem ao Ministério Público do Rio ou a outras instâncias! Não permitam que isso passe despercebido.
Lembrem-se: este não é um Concurso de Estudantes! É um Concurso Público Nacional, então não se pode admitir essa leviandade.
E repito: para os que têm receio de se expor, acredito que seja possível fazer denúncias anônimas ao MP. Informem-se e protestem! Do contrário, isso se repetirá em vários e vários outros Concursos…
A discussão é sempre importante, até mesmo por blogs (vide que a internet é o veículo mais democrático e rápido de comunicação que temos). Mas nesse caso, pelo que pude acompanhar nos comentários, o conselho da Selênia Pires seria uma ótima forma de resolver essa questão.
Não participei desse concurso, mas participei de alguns outros que tiveram uma situação parecida. Um exemplo foi o 5º colocado do concurso para a nova sede do CREA PR, que simplesmente orientou o edifício de maneira errada (áreas de permanência viradas para o Sul e circulação/serviços, para o Norte). Nesta ocasião as menções foram infinitamente melhores projetadas.
Nunca vi um concurso sofrer alteração de resultado, mesmo em caso de explicitas irregularidades.
Se realmente tivéssemos ética profissional, e muito menos vaidade, os vencedores de concursos que apresentam fatos como os levantados aqui deveriam negar sua própria premiação!
Protestar em blogs não surtirá nenhum efeito, por isso digo aos concorrentes que se sentiram lesados que DENUNCIEM AO MINISTÉRIO PÚBLICO DO RIO DE JANEIRO! O Jardim Botânico é uma autarquia federal e este concurso é uma licitação nacional, então estas irregularidades não podem passem impunes! No dia em que o Ministério Público bater na porta do IAB, com certeza os organizadores dos concursos vão aprender o que significa um Edital e um termo de Referência…
Aqueles que acham tudo isso normal e aceitável provavelmente são arquitetos que ganharam seus prêmios e não querem correr o risco de perdê-los (ou estão apenas defendendo seus amigos). Mas essa atitude só piora a situação e tira o crédito dos concursos de arquitetura. Eles não se dão conta de que o valor que será pago aos vencedores irregulares vem do nosso bolso!
Inclusive, acho que é possível fazer denúncias anônimas ao MP (é bom informar-se) Vocês possuem a razão nas mãos, o Edital foi descumprido descaradamente! Basta vocês decidirem reivindicar. O MP TEM A ATRIBUIÇÃO DE FISCALIZAR OS PROCESSOS LICITATÓRIOS (COMO ESTE CONCURSO) E A LISURA NA APROVAÇÃO DOS VENCEDORES.
PROTESTEM DE MODO EFICIENTE! ACIONEM A JUSTIÇA!
Acho que quem está elogiando os projetos não participou do concurso, ou não conhece o edital ou não viu outros trabalhos concorrentes.
Esse concurso foi uma palhaçada tremenda.
Pra começar eram previstos 5 dias para o julgamento (do dia 6 ao dia 10) Só que o juri conseguiu avaliar 130 trabalhos e no dia 8 a ata foi entregue, cheia de erros, inclusive na numeração de trabalhos.
Segundo, o edital e as instruções da comissão organizadora dadas em consultas (em letras maiúsculas, QUE DEVERIAM SER estritamente OBEDECIDAS) foram muito desrespeitadas.
Minha crítica ao vencedor, que até onde vi, seguiu corretamente o edital, é por ser um projeto que quer ser protagonista, e extremamente introspectivo, em um entorno de natureza de tamanha exuberância e preciosidade histórica. Não entendo porque o juri optou por um projeto tão fechado.
E SAIBAM –
o 2º PREMIO SIMPELSMENTE NÃO PROJETOU UM DOS EDIFÍCIOS
o 3º PREMIO PROJETOU O AUDITÓRIO NO EDIFÍCIO DO MUSEU.
ESTAVA CLARO QUE NÃO ERA PERMITIDO.
Até acho válido uma ou outra proposta que não siga estritamente ao edital levar uma menção, mas levar PRÊMIO???? É um absurdo tremendo.
Na minha humilde opinião concurso de projeto não é pra discutir edital, por pior ou polêmico que este seja, e sim pra fazer o melhor projeto possível dentro do permitido pelo edital.
Senão, qual a graça? Vira trabaho acadêmico.
Se o IAB se dá o trabalho de organizar um edital e traçar linhas gerais juntamente com a instituição é porque elas dvem ser seguidas, e são necessidades do cliente.
Enfim, vau entender, coisa de Brasil mesmo.
Péssima comissão julgadora, péssimo resultado.
Projetos de escritórios como Campo AUD, Estúdio América, CHN Arquitetos, da Marina Grinover, Andrade Morettin…estavam infinitamente melhores que os 3 premiados – E DENTRO DO EDITAL.
“não tem chororo esse concurso acabou”
Verifiquei o segundo colocado e nao ultrapassa os 15m.
Não entendo como um membro do CONSELHO DO IAB-RJ (João Pedro Backheuser) pode receber um prêmio pelo próprio IAB-RJ??
Pequena observação: Iniciei o texto com “Caro Clovis Cunha”, porém a mensagem se dirige a todos, e não especificamente a este colega.
Caro Clovis Cunha,
Não estou certo de sua participação no Concurso, porém tenho de concordar (em parte) com o colega Rafael Koury: 4 dos 11 projetos premiados desrespeitaram o Edital, o qual afirmava ser necessário construir 2 edifícios (um para o Museu, e outro para Administração e Auditório); 4 projetos propuseram um único bloco, eliminando o volume do Auditório. E sem falar no descumprimento das alturas determinadas.
Durante o desenvolvimento dos projetos, um concorrente perguntou à Comissão Julgadora sobre a possibilidade de unir a Administração ao Museu (Consulta 11 do Boletim 11), e a Comissão respondeu que o Termo de Referência deveria ser seguido (e este não abre qualquer possibilidade de unificar os blocos). De igual modo, várias pessoas perguntaram sobre a possibilidade de ultrapassar o limite de 15m, e a Coordenação sempre enfatizou que o Termo deveria ser seguido.
Não pretendo analisar a qualidade arquitetônica dos projetos, e sabe-se que os Editais e Termos de Referência não devem tolher a inventividade dos arquitetos; porém, se as regras básicas de um Edital são subvertidas livremente (e esta prática ainda é louvada pelo Júri! verifiquem a Ata de Avaliação), pergunto-me então sobre a seriedade dos Concursos de Arquitetura no Brasil. Como é possível que a própria Coordenação do Concurso oriente os concorrentes em um determinado sentido e depois dê prêmios àqueles que infringiram as regras? Se a Coordenação enxergava tamanha flexibilidade na interpretação do Edital, que o dissesse abertamente, nas Consultas feitas, e assim TODOS teriam a liberdade necessária para desenvolver as propostas que julgassem mais adequadas. O Júri é soberano em suas decisões, DESDE QUE as Bases do Concurso sejam respeitadas (item 5.5.1 do edital); mas o que se vê aqui é a “liberdade criativa” e a “genialidade arquitetônica” como desculpas para o desregramento. Essa postura omissa gera competições baseadas na sorte, onde ganha o mais “esperto” e “audacioso”, em detrimento dos que acreditam (ingenuamente) na seriedade das Bases do Concurso.
Ao colega Vinícius Barreto: Concursos de Arquitetura não são meros “exercícios intelectuais” (afinal, não se investem 2 meses de suor e dinheiro apenas pelo prazer de projetar): é também uso de dinheiro público, então espera-se mais rigidez na avaliação dos trabalhos. Como ressaltou o colega Clovis, concursos são instrumentos LEGAIS de licitação (e não ferramentas GENIAIS para revelar talentos). Se o IAB acha constrangedor seguir suas próprias regras, então coloque a seguinte nota de rodapé nos Editais dos próximos Concursos: “Todas as informações contidas neste documento podem ser livremente interpretadas pelos concorrentes, desde que obtenha-se um excelente resultado arquitetônico”.
Que a reflexão sobre o papel dos Concursos na produção da arquitetura contemporânea brasileira não se fundamente apenas no “Conceito” dos projetos, e sim na transparência e seriedade de todo o processo, desde o lançamento do Edital até a inauguração da obra construída.
Sim, vamos publicar as menções dos autores que enviarem seus projetos. Já recebemos alguns projetos mencionados, que em breve serão publicados.
Fabiano Sobreira
editor
Seria mesmo bem interessante que as menções também fossem publicadas.
Gostaria ver as menções publicadas… já que foram tantas e por algumas delas por terem ido contra o edital, devem ser projetos interessantes…
Parabéns a todos os participantes… no Brasil poder participar já é uma vitória…
P.S. Corrigir o nome do Júlio BeraLdo… kkkk
Rafael Koury , Chora que e´de graça…
Parabéns aos vencedores e aos participantes
De fato não vejo problemas em desrespeitar as regras de um edital de concurso e propor um projeto forte, porém não conforme, digamos assim. É um risco que uma equipe pode assumir e imaginar as consequências. O problema, entendo, está na distância entre o grupo redator das regras e o júri. Não consigo deixar de imaginar a seguinte cena: O grupo de jurados, após um delicioso almoço no Braseiro da Gávea, decide iniciar os trabalhos quase no final da tarde, quando recebem pela primeira vez o Termo de Referência para “dar uma olhada”. Evidente que essa imagem é um exagero absoluto, mas após ver os projetos premiados fica realmente a dúvida se as decisões foram tomadas levando-se em conta o que estava escrito. Tomemos como exemplo o segundo lugar: são tantos os pontos fora do edital (fora do gabarito de 15 metros, modificações na área “não modificável” do edifício histórico, entre outros) que se por algum motivo o projeto vencedor não pudesse ganhar o prêmio, teríamos um grave problema legal. Discordo do colega Vinicius sobre a comparação feita entre a decisão de não seguir as regras do edital e a história da arquitetura moderna. Não há relação direta entre burlar regras comuns aos participantes e a capacidade de fazer arquitetura paradigmática. Trata-se sobretudo de respeito aos demais participantes e entender o concurso, nesse caso, como um instrumento legal de licitação. Insisto que não sou contra a decisão de ignorar determinadas regras e limitações (particularmente as burras) e arriscar uma proposta diferenciada, porém o desrespeito ao gabarito de 15 metros, por exemplo, não pode ser premiado, mesmo porque não acrescenta nada de “revolucionário” ao projeto em questão. Na maioria das vezes, não respeitar está mais ligado à incapacidade de manobrar as limitações técnicas e espaciais de um problema. Saber fazer com as limitações é normalmente o motor de bons projetos. Um concurso é um esforço coletivo que envolve energia e recursos enormes. Repito: coletivo. Poderíamos, então, começar a usar uma variante da famosa expressão brasileira que diz que tal lei “não pegou”: o edital do MUMA “não pegou”. Mas de qualquer forma, essa responsabilidade não cabe aos participantes: parabéns aos premiados!
Há uma grande diferença entre desrespeitar o Edital, e extravasar os limites daquilo que é proposto. Com toda a certeza, os projetos de Mies, seriam absolutamente sem graça, se não tivesse escolhido aquilo que sua arquitetura deveria tratar e resolver. A idéia de um concurso de projetos de arquitetura, é se não outra coisa, um exercício intelectual, com a finalidade de uma leitura crítica de um dado problema, bem como suas condicionantes.
Ora, a arquitetura moderna produzida em São Paulo, não foi outra coisa se não a expressão e o entendimento de um grupo de arquitetos atentos às imoralidades do parcelamento realizado na capital paulista, e refletiu numa arquitetura altamente qualificada e de indiscutível valor simbólico.
Desrespeitar o edital, não significa a priori negligênciar as bases condicionantes do projeto, mas enchergar além, negar o que é dado e estático, trabalhar o limite e o fluído com a finalidade única a qual sempre pertenceu a arquitetura: criar (ou não) o espaço habitado pelo homem.
Ressalvo que não li o edital, e que não posso afirmar ou não se o edital deveras foi desrespeitado, mas frente aos trabalhos que ora vejo, isso faz muito pouca diferença.
Parabéns aos vencedores e mencionados.
Uma vergonha! Os três primeiros colocados desrespeitam grusseiramente o edital, sendo que o primeiro mentiu na principal perspectiva (que não mostra a passarela exixtente entre os dois prédios. Já seria grosseiro propor um edifício dessas proporções ao lado de um prédio histórico, no jardim botânico do Rio de Janeiro, sem falar nos 3 metros de escavação, mas o fechamento com alucobond laranja é demais!!! Mais uma vez foi premiado o expetáculo, a imagem sobre a arquitetura. O projeto vencedor possúi qualidades que podem ser vistas nos cortes (alturas variadas, afastamentos, enfim…) mas duvido que isto tenha sido profundamente percebido pelo juri. Fiquei impressionado com a falta de consideração pelo entorno e principalmente, a deselegância na proporção dos edifícios. Infelizmente, este é o gosto vulgar que está se consolidando nos concursos de arquitetura no Rio de Janeiro, lamentável.
André, Bruno e Rafael,
Parabéns pelo projeto. Simples, eficaz e bonito. No meio da mata as cores do grafismo das fachadas vão ficar incríveis.
Espero que construam!
Acho que a palavra democracia foi mal usada Daniel. Acaba sugerindo que a escolha é feita de acordo com quem participa. Acredito que não seja assim.
São Paulo aparece em peso porque a produção é maior e os projetos são merecedores de destaque.
desta vez, pelo menos para os premiados, rolou uma democracia, MG | RS | RJ, já as mençoes, SPSPSPSPSPSPS
Parabéns aos premiados, menções e à todos que se mantém nessa linha de investigação possível através principalmente desses concursos. É escancaradamente visível o surgimento ou a aproximação de linguagens estéticas contemporâneas no desenho de muitos projetos brasileiros novos.
Acredito que a fadiga do desenvolvimento de projetos embasados apenas nas nossas raízes modernas (obras primas da arquitetura mundial) nos abrem caminho para novas possibilidades, novos olhares e interpretações. Assim, penso estarmos entrando em uma nova era de nossa produção arquitetônica, o que é extremamente animador para nós, idealistas.
Antes o idealismo que a prostituição.